Folha de S. Paulo


Acionistas da BR Distribuidora aprovam adesão ao Novo Mercado

Os acionistas da BR Distribuidora, subsidiária de distribuição de combustíveis da Petrobras, aprovaram em assembleia uma reestruturação societária e a reforma do estatuto da companhia, informou a petroleira nesta terça-feira (5).

Eles também decidiram que a empresa deve aderir ao segmento de listagem Novo Mercado da Bolsa B3.

O atendimento ao regulamento do Novo Mercado pela BR fica condicionado à concretização dos planos para abertura de capital da companhia. A Petrobras tem trabalhado com a meta de realizar a oferta inicial da BR Distribuidora até 1° de dezembro.

Já a reestruturação aprovada envolve a injeção de R$ 6,3 bilhões pela Petrobras na BR, em troca da cisão parcial dos recebíveis junto ao sistema Eletrobras e outras sociedades do sistema Petrobras, no mesmo valor.

A operação, anunciada no final de agosto, tem como objetivo separar da BR que terá o capital aberto principalmente os recebíveis junto à Eletrobras, que têm sido alvo de atrasos em pagamentos e renegociações nos últimos anos.

Segundo a Petrobras, a BR utilizou os recursos do aporte de capital para liquidar antecipadamente, em 31 de agosto, dívidas de R$ 4,5 bilhões junto ao Banco do Brasil e de R$ 3 bilhões junto ao banco Bradesco.

A Petrobras era a garantidora das duas operações.

"Concomitantemente, a Petrobras contratou junto aos citados bancos novas linhas de crédito com as mesmas condições de valor, prazo e custo originalmente pactuadas pela BR. Assim, essas novas captações não apresentam impactos no endividamento líquido consolidado da Petrobras, nem no seu perfil", disse a companhia.

A petroleira ressaltou ainda que a concretização da abertura de capital da BR está "ainda sujeita a aprovações internas e da Comissão de Valores Mobiliários e de condições favoráveis dos mercados de capitais nacional e internacional".


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