Folha de S. Paulo


Amazon planeja entrar em outros setores no Brasil

Mike Segar/Reuters
FILE PHOTO - Amazon boxes are seen stacked for delivery in the Manhattan borough of New York City, January 29, 2016. REUTERS/Mike Segar/File Photo GLOBAL BUSINESS WEEK AHEAD PACKAGE - SEARCH BUSINESS WEEK AHEAD 30 JANUARY FOR ALL IMAGES ORG XMIT: BWA308
O Brasil é o único país onde a Amazon atua em que a companhia só vende livros

As vagas em aberto na Amazon sinalizam que, depois de quase cinco anos de atuação no Brasil, a empresa tem planos para começar a atuar em outros ramos, além do de livros.

A multinacional atua em 12 países. O Brasil é o único onde só esse produto é ofertado e não há uma operação mais ampla de varejo.

A empresa tem uma política de não revelar os seus próximos passos, segundo o gerente regional Alex Szapiro.

"Nós não vamos ficar só em livros. Não comentamos planos, infelizmente não podemos especular, mas dou uma dica: as vagas em aberto permitem inferir."

Especialistas em impostos e contadores com experiência são alguns dos profissionais que a Amazon procura —como livros são produtos isentos, isso indica que a varejista deve começar a atuar com outros bens.

Há demanda por trabalhadores especializados em logística, para movimentos intermunicipais, e em pessoas do setor de varejo que vão lidar "com uma variedade de produtos", segundo o site.

"Nós usávamos quatro andares [do prédio onde é a sede em São Paulo], e vamos precisar de mais dois."

A expansão, porém, ainda pode demorar. A contratação pode levar de 4 a 6 meses, devido a particularidades no processo seletivo da empresa.

Em outros países, o site da Amazon tem oferta de produtos próprios e também de terceiros, na forma de uma plataforma de "market place" para outras companhias.

No fim de abril, a Amazon do Brasil começou uma experiência semelhante aqui, mas, por enquanto, somente com livrarias e sebos.

Raio-X

US$ 38 bilhões
(R$ 119 bilhões) foram as vendas líquidas no 2º trimestre, alta de 25% em relação a 2016

US$ 628 milhões
(cerca de R$ 2 bilhões) foi o lucro operacional no período, queda anual de 51%

341,4 mil
era o total de funcionários da empresa no mundo até o fim do ano passado

*

Servidores param o triplo do tempo de celetistas

De todas as horas paradas por causa de greves no Brasil em 2016, 75% foram de servidores da administração pública ou de empresas estatais, aponta o Dieese (departamento intersindical de estudos econômicos).

Já é tradicional que as paralisações de funcionários do Estado durem mais, pois não há regulamentação de como elas devem ser.

Além de mais longas, no ano passado elas também foram mais numerosas —foram 1.100, contra 986.

Mesmo em empresas privadas, parte significativa das greves aconteceu em concessionárias de serviços públicos, como transportes e saúde, diz Rodrigo Linhares, responsável do Dieese por acompanhar o tema.

"Se isolarmos a iniciativa privada, houve uma diminuição razoável de paralisações deflagradas", afirma ele.

Entre as motivações para as greves, houve um motivo que apareceu com mais frequência: segurança.

"A violência urbana motivou movimentos de protestos entre bancários, trabalhadores de transportes, da saúde e dos Correios."

A maioria (81%) das paralisações no ano passado foi considerada defensiva pelo Dieese, ou seja, para manter condições que os funcionários tinham e temiam perder.

Editoria de Arte/Folhapress
ABC da greve

*

Televisão com internet

Após crescer 4% em 2016, a venda de televisores com conexão à internet, ou "smart" TVs, deverá ganhar força e subirá 38% em 2017, segundo a Euromonitor.

Cerca de 57% dos aparelhos vendidos neste ano serão conectados, afirma Elton Morimitsu, da consultoria. A projeção é que o aumento médio até 2022 seja de 9% ao ano.

"Ainda há mercado [para TVs convencionais], sabemos da situação do acesso à internet no nosso país, mas as TVs inteligentes já se consolidaram. Hoje, temos apenas um modelo sem internet", diz Erico Traldi, diretor da Samsung.

A LG também só tem um aparelho sem conexão, afirma Roberto Barboza, vice-presidente de vendas.

"Muito provavelmente não teremos mais um produto [sem internet] no ano que vem. Hoje, a diferença de preço entre eles é de R$ 100."

Quase 65% das vendas da Semp TCL são de TVs "smart", mas ainda há uma demanda pelas outras no Norte e no Nordeste, onde a empresa tem uma fatia grande do mercado, diz o diretor Kleber Carante.

TELA CONECTADA - Vendas de TV com e sem acesso à internet, em milhões de unidades

*

Carteira assinada Cerca de 75% dos 693 empresários consultados durante o evento Latam Retail Show planejam aumentar seu quadro de funcionários em 2018, segundo a consultoria GS&Inteligência.

Leal Os aplicativos com descontos personalizados ampliaram em 6% os clientes que integram programas de fidelidade do GPA. No Pão de Açúcar, o público representou 78% das vendas em julho.

*

com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI


Endereço da página:

Links no texto: