O controle de doping se tornará muito mais eficaz e inteligente após o escândalo que envolveu o atletismo da Rússia, em que até o governo acobertava casos positivos de seus esportistas. Está é a opinião de Marco Aurélio Klein, secretário nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Doagem (ABCD), entrevistado na "TV Folha" pelos colunistas Edgard Alves e Mariana Lajolo.
"O escândalo todo mostrou algumas coisas importantes. Primeiro, o papel da mídia [a denúncia foi feita por jornalistas]. Segundo, a rapidez e a firmeza com que o mundo relacionado ao combate de doping lidou com isso", afirma Klein.
Segundo ele, o controle hoje é baseado, em grande parte, em trabalho de inteligência, com monitoramento de atletas, técnicos, médicos, investigação e cooperação com outros entes nacionais e internacionais.
"O mundo que vem depois desse relatório [que descortinou o esquema russo] é literalmente mais inteligente", afirma ele, que diz contar também com informações passadas por atletas.
A ABCD tem como meta não registrar casos positivos de brasileiros na Rio-2016. Para isso, tem aumentado o número de testes. Também aproveita a demanda dos Jogos para treinar pessoal e aperfeiçoar processos.
Klein também destacou a necessidade de que até as famílias dos atletas estejam familiarizadas com as substâncias proibidas. O site da ABCD possui uma ferramenta em que qualquer remédio pode ser pesquisado (http://www.consultealista.abcd.gov.br/) )