Folha de S. Paulo


Cinzas de cremação podem virar de anel a fogos de artifício

O que pode ser feito com o corpo depois da morte foi o tema da transmissão ao vivo da "TV Folha" desta sexta-feira. Entre outros itens, debateu-se a escolha entre enterro e cremação, bem como o destino que pode ser dado às cinzas.

Camila Appel, do blog "Morte sem Tabu", conversou com Jayme Adissi, fundador do Grupo Primaveras, em Guarulhos (SP), composto por cemitérios-parque, crematório, columbário e funerária; Nina Maluf, anatopraxista e necromaquiadora; e Mylena Cooper, via Skype, publicitária e empresária do ramo funerário que pesquisa a psicologia do luto e ritos fúnebres.

Sobre a escolha entre enterrar ou cremar, Adissi opina que a principal questão é a preferência do morto, declarada em documento específico registrado em cartório ou instruída a um parente de primeiro grau, que deve autorizar o procedimento caso não haja o documento formal. Em termos de custos e impactos ambientais, não há diferenças.

Mylena Cooper, diretora do Cemitério e Crematório Vaticano, no Paraná, listou novos destinos para cinzas após a cremação: é possível enviá-las ao espaço (para dar uma volta ou para o lançamento, de fato), transformá-las em cristal o diamante (a ser usado como um pingente ou anel, por exemplo), misturá-las à tinta para a pintura de um quadro (arte picto-crematória) e usá-las em fogos de artifício. Os custos são mencionados no debate.

Mylena também comentou sobre a biocremação, um procedimento já em uso nos Estados Unidos, que seria a opção menos prejudicial ao ambiente, por não usar fogo. Adissi falou, por sua vez, sobre compostagem humana (virar adubo).

Já Nina Maluf, tanatopraxista e fundadora da escola Thanatology Capacitação Profissional, falou sobre os procedimentos de preparação do corpo.


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