Folha de S. Paulo


'Encarnando' pianista cubano, Fabiana Cozza critica caretice da sociedade

"Falar de um artista como o Bola de Nieve nos tempos de hoje é também falar de que lado você está."

Fabiana Cozza faz questão de dar um tom político ao citar o cantor, pianista e compositor cubano Ignacio Villa (1911-1971), o lendário Bola de Nieve.

O pianista é o homenageado do mais recente espetáculo de Cozza, "Canto Teatral Para Bola de Nieve".

Acompanhada por Pepe Cisneros (piano), a artista é a convidada desta edição do "TV Folha Playlist".

Para Cozza, a ideia, no show, é ser o 'alter ego' do cubano. "É a alma feminina dele em cena".

Assista

Veja acima a íntegra de "Ni Quiero Que Me Odies"

Cozza não poupa entusiasmo quando tenta trazer de volta o jeito "corajoso" de Bola de Nieve de abordar assuntos em tons mais reais (tinha um estilo dramático para cantar suas tristezas e dores amorosas). Nessa linha realista, sobra criticas até para sentimentos.

"O amor não é limpinho, não é higiênico", diz a cantora, que aproveita para criticar a "sociedade hipócrita na qual vivemos".

"As ruas estão fervilhando, mas também temos uma sociedade extremamente careta de outro lado, conservadora, onde as pessoas ficam falando do amor, rezando a sua família enquanto trai esposa e filhos", completa.

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Veja acima a íntegra de "Canción de la Barca"


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