Folha de S. Paulo


Campo de refugiados marca fronteira do Quênia com a Somália; veja vídeo

Assolada por uma guerra civil, pelo desmantelamento do Estado, por secas e pela miséria, a Somália se tornou uma das nações mais frágeis do mundo. Mais de um milhão de pessoas já deixaram o país em busca de melhores condições. Só no Quênia, a oeste e com uma fronteira na prática quase inexistente, são 313 mil refugiados somalis.

A despeito da crise humanitária e social, o medo no Quênia é com a expansão do Al Shabaab, facção extremista islâmica ligada à Al Qaeda com base na Somália –responsável, entre outros, por um atentado em 2015 que matou 147 pessoas na cidade de Garissa.

O país anunciou, então, em 2015, planos de erguer um muro ao longo dos 700 km da fronteira. Desde 2014, já fez a repatriação voluntária de 75 mil somalis que habitavam o campo de refugiados de Dadaab.

O complexo, que já teve dois de seus cinco campos fechados, foi visitado pela Folha na segunda parte da série de grandes reportagens "Um Mundo de Muros".

Em meio à espera por barreiras físicas (por ora, só 5,3 km foram erguidos), somalis são assombradas pela seca, pela cólera e pela intolerância na fronteira de dois dos países mais pobres do mundo.


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