Folha de S. Paulo


Leitor deve ter liberdade de fechar um livro de que não gostou, diz Djaimil

"O livro é um território de liberdade. Eu acredito que as pessoas têm liberdade para tudo, inclusive para escolher o que querem ler. Não cabe aos editores censurar", afirmou a escritora portuguesa Djaimilia Pereira de Almeida.

A autora, que participou da mesa "Literatura Fora do Eixo", se referia à atuação dos leitores sensíveis, revisores que vêm sendo contratados por editoras para identificar conteúdos ofensivos a minorias. "Se você censura os livros antes de eles saírem, tira das pessoas a capacidade de decidirem o que não querem ler".

Para o editor da revista literária "Quatro Cinco Um", Paulo Werneck, que também participou do debate, ainda mais grave são os "pais sensíveis", que vão às escolas pedir que livros sejam retirados da grade curricular.

Werneck citou o caso de "Lá Vem História: Contos do Folclore Mundial", de Heloisa Prieto, que foi rejeitado por pais de alunos ao retratar um casal homossexual.


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