Folha de S. Paulo


'Cinderella não quer um príncipe para sustentá-la', diz Totia Meirelles

Em sua última semana de exibição em São Paulo, "Cinderella - O Musical" mostra uma Cinderella com roupagem mais atual, idealista e politizada.

Baseada na versão francesa do famoso conto de fadas, de Charles Perrault, a montagem aborda questões feministas e políticas. Na história, a gata borralheira vai atrás do nobre moço para alertá-lo sobre as injustiças de seu reino com os mais pobres.

"A mudança que vivemos na sociedade reflete essa Cinderella. Ela não quer um homem para sustentá-la. Ela quer um mundo melhor, e viver melhor nesse mundo", explica Totia Meirelles, que interpreta a Madrasta.

"Existe uma evolução das heroínas nos desenhos animados. Elas são mais fortes, e as meninas se identificam mais com isso", analisa Bianca Tadini, que dá vida à Cinderella da peça.

Às quintas, o príncipe é interpretado por Tiago Barbosa, primeiro ator negro a viver o personagem na montagem. "Pensei em como seria a reação das crianças, já que príncipe da Cinderella não é negro. Mas elas nunca questionaram -não importa a cor, e sim o que ele representa", diz Totia.

A peça segue em cartaz até este domingo (5) no Teatro Alfa, na região sul de São Paulo. Depois, entra em temporada no Rio de Janeiro, onde ficará em cartaz até setembro no Teatro Bradesco.


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