Folha de S. Paulo


Escola sem Partido impõe papéis sociais, diz professor; movimento discorda

Ao definir que a escola não pode tratar de temas como ideologia de gênero, o movimento Escola sem Partido parte de uma sociedade em que homem e mulher tem papéis pré-definidos. A opinião é do professor de administração pública da FGV-SP Marco Antonio Teixeira. O sociólogo Thiago Cortês, membro do Movimento Escola sem Partido, discorda.

Os dois especialistas participaram nessa sexta-feira (5) do Fla-Flu, programa do TV Folha que traz opiniões divergentes sobre um mesmo tema, mediado pela jornalista Sabine Righetti. O programa debateu o movimento Escola sem Partido, que pretende incluir na legislação brasileira de educação nove artigos que tratam da missão da escola e dos deveres dos professores. O projeto define, por exemplo, que os professores devem ser "neutros" na escola e cria canais de reclamação para alunos.

Para Teixeira, a abordagem negativa da ideologia de gênero no projeto revela uma visão de sociedade "por trás do projeto". Cortês, de outro lado, afirma que a proposta é deixar debates morais –como sexualidade e gênero– apenas com as famílias.

A proposta tem causado polêmica. Na quarta-feira (3), um debate sobre o tema na Folha teve gritos e trocas de ofensas entre apoiadores do projeto e aqueles que são contra a ideia.


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