Sob uma série de protestos e com seu mais baixo índice de popularidade, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu suspender o plano de reorganização da rede de ensino paulista.
A decisão ocorre em meio a uma série de manifestações de estudantes contrários à medida, com a ocupação de 196 escolas até esta sexta-feira, além de bloqueios de vias da capital, desde o início desta semana.
A onda de ocupações das escolas em São Paulo tem o aval da Justiça, que já negou pedidos de reintegração de posse feitos pelo governo. A Folha visitou algumas delas e mostra como é a rotina nesses locais.
O projeto de reorganização, que foi publicado em decreto nesta semana, prevê que 754 escolas em São Paulo passem a ter apenas um ciclo de ensino no ano que vem (anos iniciais, finais do fundamental ou o médio).
Segundo o governo, o objetivo é melhorar a qualidade do ensino e evitar que um aluno de seis anos, por exemplo, frequente a mesma unidade de um adolescente de 17 anos.