Bananal é atraente tanto para quem gosta de história quanto para fãs de turismo de natureza. A 326 km e cinco pedágios da capital paulista, é conhecida pelos casarões oitocentistas, da época do café, e por belezas naturais como cachoeiras e uma vasta área de mata atlântica.
A história de Bananal começa em 1783. Foi povoado, vila e, em 1849, virou município. Hoje, é uma das 70 estâncias turísticas do Estado.
Cresceu e prosperou no período do café, do qual restaram casarões e fazendas imponentes, transformados em museus ou hotéis. O roteiro histórico passa por cinco fazendas: Boa Vista, Três Barras, Loanda, Resgate e dos Coqueiros. As duas primeiras também são hotéis.
Em comum, elas têm a arquitetura colonial, móveis nos estilos barroco e rococó, objetos de porcelana e afrescos. Algumas propriedades guardam resquícios da escravidão, como senzalas.
Para visitar as fazendas, é preciso pagar uma taxa entre R$ 10 e R$ 17 (a Três Barras não cobra pela entrada).
A fazenda Boa Vista é a maior delas. Construída em 1780, foi a maior produtora de café da região no século 19. Em 1972, transformou-se em hotel. O casarão azul e branco e a alameda de palmeiras na entrada do lugar talvez sejam familiares para os fãs de novelas: serviram de cenário para "Dona Beija" (1986), da TV Manchete, "Cabocla" (2004) e "Sinhá Moça" (2006), ambas da TV Globo.
A Resgate, tombada pelo Iphan, pertenceu a um dos homens mais ricos do país na época imperial, Manoel de Aguilar Vallim. Ela abriga uma capela com pinturas e detalhes em madeira e ouro.Apesar de as fazendas serem próximas, o percurso entre elas tem de ser feito de carro
Uma boa parada é a Fazenda Resgatinho, um dos alambiques mais conhecidos da região. Criado há meio século pelo casal Afrânio e Maria Luiza Teixeira, 76, hoje é comandado pelo filho Alexandre Rezende, 56.
O roteiro continua pelo centro histórico de Bananal, com ruas de paralelepípedos e fachadas de construções do século 19 preservadas. Fica por ali a Igreja Matriz Bom Jesus do Livramento. Construída em 1811 e considerada o marco inicial da cidade, a igreja agora passa por obras.
O Solar Aguiar Vallim, de 1850, fazia sucesso na época imperial com festas de Manoel de Aguillar Vallim. Lugar querido pelos moradores do município, está com as estruturas infestadas por cupins. "Gostaria de vê-lo transformado num centro cultural com música e arte. O solar é a alma de Bananal", diz a artesã Vera Antunes, 70.
Os visitantes também podem conhecer a antiga Estação Ferroviária de Bananal, que hoje pertence aos Correios. Construída em 1889, foi importada da Bélgica.
Mas a locomotiva que fica em sua entrada nunca passou pelos trilhos dali -foi doada pelo governo de São Paulo há alguns anos. A original era uma maria-fumaça.
Depois do roteiro histórico, é hora de conhecer algumas cachoeiras da cidade. Uma delas fica no Recanto da Cachoeira, propriedade particular que tem uma piscina natural e corredeiras.
Para matar a fome, o lugar tem um bar com salgados e bebidas. A entrada custa R$ 10, e o horário de funcionamento é das 9h às 18h. Chegar é relativamente simples: basta ir até o centro histórico da cidade e, de lá, seguir as placas até a estrada do Turvo, a cerca de 4 km do centro.
Já a Estação Ecológica de Bananal, a 1.113 metros de altitude, tem duas quedas d'água. Segundo Tatiane Souza, administradora da estação, a proposta da unidade é cuidar da fauna e da flora da Serra da Bocaina e promover pesquisas e educação ambiental.
Mas o caminho é complicado: é preciso seguir a rodovia Sebastião Diniz de Moraes (SP-247) por 15 km e, de lá, avançar mais 10 km por uma estrada de pedras por dentro da mata atlântica. A viagem dura em torno de uma hora e meia a partir do centro.
As cachoeiras ficam a cerca de 200 metros da estação, e as visitas, gratuitas, precisam ser agendadas.
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COMO CHEGAR
Pegue a rodovia Presidente Dutra (BR 116) até o km 273 (Barra Mansa). Depois, pegue o acesso à rodovia Engenheiro Alexandre Drable (RJ 157), que liga o município a Bananal
PREVISÃO DO TEMPO
Sábado (4): de 19ºC a 31ºC
Domingo (5): de 9ºC a 31ºC