O Canadá foi eleito pelo jornal "The New York Times" o melhor destino para viagens em 2017. O motivo? Mais de 200 parques e locais históricos terão entrada gratuita neste ano, em comemoração aos 150 anos da confederação do país.
Dos 52 lugares que integram o ranking, apenas três ficam na América do Sul –nenhum no Brasil. São eles: o Deserto do Atacama, no Chile (2º); El Pedregal, no Equador (13º) e o Vale Sagrado, no Peru (46º).
Confira a lista completa.
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1. Canadá: um mundo a explorar
O Canadá é imenso –o segundo maior país do planeta, pelo critério de área. Também é um mundo a explorar, com cidades cosmopolitas, belezas naturais quase intocadas e tudo mais. E este é o ano certo para uma visita: em honra do 150º aniversário da formação da confederação canadense, o país está se preparando uma acolhida calorosa a todos os visitantes. Todos os mais de 200 parques e sítios históricos do país terão entrada grátis durante o ano inteiro, dos lagos azuis turquesa e picos montanhosos de Banff, na província de Alberta, às dunas e penhascos de pedra vermelha da Ilha Príncipe Edward, na costa atlântica do país, passando pela mais nova das reservas naturais canadenses, Mealy Mountain, em uma área cercada de geleiras na província de Labrador. Enquanto isso, na capital, Ottawa, uma celebração que durará o ano inteiro está preparada. Mais eventos acontecerão em Montreal, que completa seu 375º aniversário.
2. Deserto do Atacama, Chile: luxo no mais elevado deserto do planeta
O Atacama atrai as pessoas que buscam aventura e os devotos da astronomia à sua vasta e quase sobrenatural paisagem de dunas esculpidas pelo vento e lagos salgados caleidoscópicos. Passeios de balão ao alvorecer, disponíveis desde agosto, revelam a imensa beleza da área, vista de cima. O luxuoso e recentemente reformado hotel Explora Atacama, reinaugurado em dezembro, tem diárias que incluem excursões com guia ao deserto e oferece acesso noturno ao observatório astronômico do hotel, equipado com o maior telescópio do Chile.
3. Agra, Índia: outras atrações além do Taj Mahal
Um passeio pelo imenso e deslumbrante Taj Mahal ficará mais fácil quando um centro de orientação aos visitantes for inaugurado, neste ano, mas 2017 também promete novas razões para ir além do palácio: as ruas próximas foram repavimentadas; o Pavilhão Agra, um complexo de alimentação com paredes de vidro, abrigará mais de 12 restaurantes e estabelecimentos gastronômicos; e o Museu Mughal, colaboração entre o arquiteto David Chipperfield e o Studio Archolm, está começando a ser construído. Além disso, o trem mais rápido e a mais longa via expressa da Índia agora reduzem o tempo de viagem entre Déli e Lucknow.
4. Zermatt, Suíça: uma nova perspectiva para o Matterhorn
Zermatt, que fica ao lado do lendário monte Matterhorn, vem atraindo turistas desde 1898, quando o bondinho elevado Gornergrat –o primeiro teleférico eletrificado da Suíça– começou a operar. Em tempo para a celebração do 200º aniversário do teleférico, o Riffelalp Resort, um hotel de cinco estrelas à beira de um altiplano com vista para o Matterhorn, a 2.222 metros de altitude, foi reinaugurado em dezembro, com quartos reformados e acesso direto para pessoas usando esquis. Mais alto, no Riffelberg, um teatro permanente ao ar livre será inaugurado na metade do ano, com uma apresentação de "Romeu e Julieta no Gornergrat".
5. Botsuana: leões velhos e acomodações novas
Se você viu qualquer documentário sobre a fauna africana nos últimos 30 anos, há boa probabilidade de que os documentaristas Dereck e Beverly Joubert tenham participado dele. Os Joubert, exploradores da revista "National Geographic" radicados na África, em companhia da Great Plains Conservation, inauguraram neste mês o Duba Plains Camp, um acampamento de luxo em uma área privada de 31 mil hectares no delta do rio Okavango, repleta de leões, elefantes e espécies específicas do norte de Botsuana, como o lechwe vermelho. Há safáris realizados de barco, com pedestais pré-montados para câmaras (quando o nível de água permitir), e uma chance de ver os descendentes do leão Ma di Tau, astro do documentário "The Last Lions".
6. Dubrovnik, Croácia: novos caminhos para a costa dálmata
Com suas ruas pavimentadas de pedras calcárias e as muralhas de 27 metros que cercam a Cidade Velha, essa estrela da costa da Dalmácia repousou por muito tempo sobre seus louros estéticos –você talvez a reconheça como King's Landing, na série "Game of Thrones". Nos últimos anos, porém, a cidade vem adicionando novas atrações. Na metade do ano, ela vai colocar em operação um programa de motonetas elétricas compartilhadas, permitindo que moradores locais e visitantes percorram a costa em busca de praias remotas. O Hotel Kompas, de quatro estrelas, à beira da praia, é uma adição confortável à cena, e a muito aguardada reforma do veterano e elegante Hotel Excelsior será concluída em junho. O novo restaurante Portrait serve versões sofisticadas dos pratos tradicionais da Dalmácia, na Cidade Velha.
7. Parque Nacional Grand Teton, Estados Unidos: eclipse total do sol e esplendor nos EUA
Em 21 de agosto, a porção continental dos Estados Unidos sofrerá seu primeiro eclipse solar total em 38 anos. O eclipse traçará uma linha diagonal pelo território do país, mas as luzes das cidades e os céus encobertos podem ser obstáculos para vê-lo em sua plenitude. Uma boa aposta para quem quer ver o eclipse em detalhe é o Grand Teton Park, no Wyoming, que terá generosos dois minutos e 20 segundos de trevas. Se você perder o eclipse, ainda assim estará cercado de picos íngremes, lagos de montanha e a fauna e flora de um parque nacional muito bem preservado, em sua glória de verão.
8. Tijuana, México: cidade de fronteira com ótima cena culinária
Ainda que continue a ser um local um tanto bruto, essa cidade de fronteira em rápido crescimento está passando por um boom de apartamentos de luxo, e agora tem um novo sistema de ônibus rápidos que custou US$ 60 milhões (R$ 192 milhões). Tijuana também está passando por um renascimento culinário, alimentado por fabricantes de cerveja artesanal, cafés repleto de estilo e restaurantes com inclinações internacionais que variam dos food trucks hipsters do Telefónica Gastro Park a movimentadas casas em Baja Med como La Querencía, no bairro de Zona Rio.
9. Detroit, Estados Unidos: uma cidade que está cumprindo a promessa de renascer
A revitalização de Detroit, depois de seu pedido de concordata em 2013, vem ganhando força já há algum tempo. Mas 2017 pode ser o ano em que as promessas se tornarão realidade. O novo serviço de bondes QLine deve ser inaugurado em abril, conectando o corredor da avenida Woodward, no centro, à área redesenvolvida do Centro Novo, a cerca de cinco quilômetros de distância. Os bondes passam por Midtown, onde fica o Instituto de Arte de Detroit, e pelo Detroit District, cujo foco é o entretenimento e onde um complexo esportivo a ser inaugurado no final do ano será dividido entre o Detroit Red Wings, do hóquei, e o Detroit Pistons, o time de basquete da cidade, retornando do subúrbio ao centro.
10. Hamburgo, Alemanha: um paraíso para a arquitetura e design
O bulevar tortuoso projetado por Zaha Hadid ao longo do rio Elba trouxe vida nova à área ribeirinha e ao vizinho Distrito dos Armazéns, surgido no século 19 e integrado à lista de patrimônio histórico mundial pela Unesco em 2015. Para reforçar esse charme, o novo complexo da orquestra Elbphilharmonie, projetado por Herzog & Meuron, deve ser inaugurado neste mês. A estrutura de vidro de 108 metros de altura fica no topo de um velho armazém, e seu telhado inclinado evoca velas de navios e o passado náutico da cidade. E, se essa contemplação arquitetônica toda se tornar cansativa, o ultraluxuoso hotel Fontenay será inaugurado na metade do ano –o primeiro hotel de cinco estrelas a surgir nessa cidade do norte da Alemanha em 18 anos.
11. Marrakech, Marrocos: arte em um novo e elegante museu
Um novo museu dedicado ao trabalho do ícone da moda Yves Saint Laurent será inaugurado no final deste ano em Marrakech, com milhares de desenhos, roupas e acessórios criados por ele. A estrutura de quatro mil metros quadrados fica ao lado do Jardin Majorelle, que celebrará seu 60º aniversário como jardim público em 2017 (Saint Laurent o salvou da demolição.) A atração muito visitada também abriga um museu dedicado à cultura berbere e a residência privada do estilista, a Villa Oasis.
12. Greenville, Estados Unidos: a próxima Charleston?
Ainda que pequena, Greenville, aninhada nas montanhas Blue Ridge, pode se tornar o próximo grande destino gastronômico dos Estados Unidos, com quatro grandes inaugurações: o Husk, de Sean Brock; o Kitchen, de Wolfgang Puck; o Jianna, de Michael Kramer; e o speakeasy Vault & Vator. Antes de desfrutar dos sabores, aproveite as muitas obras de arte públicas da cidade, espalhadas ao longo de suas ruas arborizadas, ou tome um café no Methodical Coffee antes de percorrer de bicicleta os 35 quilômetros da Swamp Rabbit Trail.
13. Pedregal, Equador: uma beleza natural que ainda é natural
O terremoto que abalou o Equador no mês passado causou estragos principalmente em áreas raramente visitadas por viajantes internacionais. Agora, ameaças causadas pelo homem podem comprometer El Pedregal, um lugar popular para turismo antes ou depois de excursões às Ilhas Galápagos. O vale ao sul de Quito está cercado de imensos vulcões e encostas gramadas, onde "haciendas" servem de base a viajantes para escaladas, caminhadas, percursos de mountain bike e passeios a cavalo. Vá até junho para ver o vale antes que novas linhas elétricas limitem a liberdade dos condores e restrinjam a visão.
14. Penzance, Inglaterra: vislumbre a terra de "Poldark"
Penzance, um porto na Cornualha, sudeste da Inglaterra, está vivendo um momento de fama graças à popularidade de "Poldark", série dramática da BBC que se passa na Cornualha do século 18. A nova pousada Chapel House B&B surgiu para se unir à favorita local Artists Residence como hospedagem, e restaurantes como o Tolcarne Inn, na vizinha Newlyn, e o Shore colocaram Penzance no mapa como destino gastronômico. Talvez a melhor coisa a ver em Penzance –além das paisagens– seja a piscina Jubilee, em estilo art deco, construída em 1930 –uma das últimas piscinas públicas de água salgada do planeta, que acaba de passar por uma renovação que custou US$ 3,73 milhões (R$ 11,96 milhões).
15. Osaka, Japão: o banquete definitivo o aguarda
Se Kyoto representa o espírito do Japão, e Tóquio seu coração, Osaka é o apetite insaciável do país. O legado culinário da cidade está vivo e em ação nos bairros de Tsuruhashi e Fukushima, e nos 91 restaurantes agraciados com estrelas do Guia Michelin que a cidade abriga –como o Ajikitcho, especializado em culinária tradicional japonesa, e o Taian, com seu foco em grelhados. Em 28 de abril, tudo isso será reunido no Festival Internacional Utage ("banquete"), um festim gastronômico de 10 dias de duração celebrando os sabores das 47 prefeituras [províncias] japonesas.
16. Estocolmo, Súecia: uma Escandinávia um pouco mais barata
Museus estatais gratuitos tornarão uma visita à capital sueca um pouco menos dispendiosa em 2017. Mais de uma dúzia deles deixaram de cobrar entradas, que anteriormente eram um tanto caras, no ano passado, entre os quais o Museu de Arte Moderna, o Museu de História Natural, o Museu de História Sueca e o castelo de Skokloster.
17. Sikkim, Índia: um paraíso acessível para as buscas espirituais
Com a inauguração de seu primeiro aeroporto, no ano que vem, e uma ferrovia em projeto, o remoto estado indiano de Sikkim, no nordeste do país, parece estar ficando mais próximo. As almas aventureiras podem percorrer o Parque Nacional Khangchendzonga, um santuário de florestas, vales e montanhas do Himalaia que inclui o terceiro mais alto pico do planeta. O parque foi incluído na lista de patrimônio histórico da humanidade da Unesco neste ano. Aqueles que buscam algo mais espiritual, enquanto isso, podem procurar pelo nirvana nessa terra historicamente budista, em mosteiros seculares como o Tashiding e o Pemayangtse, e no Instituto Namgyal de Tibetologia, um quase museu. E frutas, verduras e especiarias locais também são atração: Sikkim se tornou o primeiro Estado da Índia a praticar apenas a agricultura orgânica, no ano passado.
18. Ilha de Porquerolles, França: praia, petanca, pastis: perfeito
A apenas 10 minutos de balsa do continente, essa ilha de 6,5 km de comprimento costuma escapar ao radar, no Mediterrâneo, mas é um refúgio inexplorado que oferece trilhas, rotas de mountain bike, praias arenosas e uma vinícola rústica que promove degustações diárias de vinho. O território é quase todo controlado pela administração de parques nacionais francesa, e a ilha, onde carros não podem circular, tem só uma idílica aldeia, na qual você ouve o tilintar tanto das bolas de petanca quanto dos copos de pastis. O local perfeito para hospedagem é o Le Mas du Langoustier, um hotel elegante localizado entre duas pequenas baías na ponta oeste da ilha.
19. Madagascar: uma ilha que é um paraíso do ecoturismo
Madagascar se estabilizou desde as eleições de 2013 e está atraindo turistas com com sua deslumbrante combinação de selvas, praias e recifes. Lêmures e camaleões são as principais atrações desse país ilhéu do tamanho da França, que fica ao largo da costa oeste da África. Tubarões baleia e baleias percorrem os mares em torno da ilha, e baobás de tronco espesso recobrem seu território. Mais de 90% dos mamíferos de Madagascar não são encontrados em qualquer outro lugar. As opções de hospedagem ecológica incluem luxuosos resorts como o novo Miavana e acampamentos florestais como o Masoala Forest Lodge.
20. Sanya, China: a praia preferencial dos chineses
Com suas deslumbrantes praias de areia branca e cintilantes águas azuis, Sanya, na ilha de Hainan, a mais meridional das províncias chinesas, é conhecida como o Havaí chinês. O local está passando por um boom turístico, e os hotéis vistosos são motivo suficiente para uma visita. Já há um Park Hyatt, um St. Regis e um Shangri-La. E, no final do ano passado, o luxuoso Edition, de Ian Schrager –um resort com 500 quartos e longa lista de amenidades –foi inaugurado na cidade. O próximo a abrir as portas, em março, será o sofisticado One & Only Sanya, construído em meio a 11 hectares de coqueiros.
21. Chipre: renovação em uma ilha mediterrânea
A cidade cipriota de Paphos preparou diversos eventos para 2017, ano em que será a capital europeia da cultura. Mas a ilha toda está oferecendo atrações renovadas, especialmente em Nicósia, onde a A. G. Leventis Gallery exibe sua coleção de mais de 800 peças desde 2014. O Altius Boutique Hotel foi reformado e casas que estão na moda, como a Cook Shop, To Elliniko Ouzomezedopoleio e Pivo Microbrewery, oferecem novas opções de acomodação, comida e bebida na capital.
22. Grande Barreira de Corais, Austrália: turistas podem ajudar a salvar recifes de coral
A elevação na temperatura do mar causada pela mudança no clima, El Niño e outros fatores causaram forte degradação do coral, especialmente nas seções setentrionais da Grande Barreira de Corais australiana, que se estende por 2,3 mil km. Maior organismo vivo do planeta –um mosaico de cerca de 2,9 mil recifes de coral e 900 ilhas –, a barreira enfrenta sérias ameaças mas os esforços de conservação estão dando frutos e os visitantes podem ajudar a salvá-la. Um centro de reabilitação de tartarugas em Fitzroy Island recebe bem os voluntários, e o mesmo vale para a Estação de Pesquisa de Lizard Island, e para diversos grupos independentes de pesquisa. E resorts novos ou recentemente reformados nas ilhas Hayman, Orpheus, Pumpkin e Lizard oferecem lugares idílicos para explorar essa frágil e extraordinária maravilha natural.
23. Minneapolis, Estados Unidos: festa púrpura em uma cidade do Meio-Oeste dos EUA
Há muita coisa acontecendo na Cidade dos Lagos neste ano: o novo U. S. Bank Stadium vai abrigar os X-Games em julho e o Walker Art Center vai reinaugurar seu popular jardim de esculturas depois de uma reforma extensa, em junho. Mas, queridos irmãos, vocês talvez se reúnam em Minneapolis para celebrar a vida de um de seus mais famosos filhos: Prince. Desde a morte prematura do músico, em abril, os fãs do gênio pop estão visitando a cidade que ele celebrou em púrpura. Faça um passeio pela First Avenue, casa noturna que Prince tornou famosa em "Purple Rain", ou uma excursão pela cidade com Prince como tema, organizada pela Waconiaville Tours. O mais empolgante é que o estúdio Paisley Park, que Prince ocupou por duas décadas como refúgio pessoal, agora está recebendo grupos de visitantes, permitindo que eles vejam o que há por trás das cortinas púrpura.
24. Kingston, Jamaica: novas acomodações, restaurantes e, sim, música
A capital da Jamaica defende sua posição como destino cultural, e não como simples parada a caminho da praia. Fique no Courtyard by Marriott, o primeiro hotel novo de Kingston em mais de uma década, ou no Spanish Court Hotel, com seu estilo SoHo –que construiu uma segunda piscina e na metade do ano inaugurará uma segunda casa em Mondego Bay. Coma como uma lenda olímpica no restaurante de Usain Bolt, Tracks & Records, ou visite o Chateau & Juice, um dos pontos mais procurados da cidade. Ouça reggae da velha escola no One World Ska and Rocksteady Music Festival, lançado em novembro; no Peter Tosh Museum, que celebra o antigo membro dos Wailers; ou em uma das festas de dub que ocorrem em diversos lugares da cidade. E se você ainda quiser praia, tome a North-South Highway, rodovia recentemente concluída, e estará em Ochos Beach em menos de duas horas.
25. Comporta, Portugal: o anti-Algarve, a uma hora de Lisboa
O Algarve pode estar repleto de turistas e hotéis de luxo, mas Comporta, uma reserva natural protegida e antiga aldeia de pescadores na região do Alentejo, é elegante de um jeito meio hippie, e optou deliberadamente pelo subdesenvolvimento. Lá, legiões de europeus criativos e famosos passam suas férias. Nste ano, o único hotel grande da cidade, o Sublime Comporta, com quartos e suítes rústicos espalhados em meio a pinheiros, oliveiras e sobreiros, inaugurou um restaurante, Celeiro, inspirado pelos velhos celeiros de arroz da região, e 22 bangalôs de luxo. Nas imediações, a Aman Resorts iniciou a construção de um projeto que não deu certo, o que leva os moradores locais a especular que grande empresa levará a ideia adiante. Vá antes que as grandes marcas cheguem.
26. Cazaquistão: de Estado petroleiro ao ecoturismo de luxo
Dez anos depois de ter sido colocado no mapa por Borat, o Cazaquistão quer ser um refúgio de luxo para os turistas que percorrem a Rota da Seda. Um boom de hotelaria na capital, Astana, incluiu a inauguração de um St. Regis e um Ritz-Carlton, este ano. Mas uma transição séria de Estado petroleiro a local de turismo ecológico também está em curso. Astana sediará a World Expo 2017, que destacará soluções futuras de energia, e terá um pavilhão iluminado por energia limpa, enquanto as montanhas Tian Shan, e sua diversidade biológica, se tornaram parte do patrimônio histórico da humanidade da Unesco em 2016.
27 Gabão: fauna e flora sem turismo em massa –ainda
Hipopótamos surfando nas ondas. Elefantes caminhando por praias de areia branca. Gorilas, mandris, tartarugas marinhas, baleias. O Gabão, um país africano politicamente estável e com fauna e flora abundantes, não faz parte de muitas listas de turismo, em grande parte pela falta de infraestrutura. O transporte dentro do país continua complicado, e hotéis são raros, mas o governo está trabalhando para que isso mude. Nos últimos cinco anos, melhorou o aeroporto internacional do país, criou um sistema online para solicitação de vistos, estabeleceu um sistema de parques nacionais em reservas há muito protegidas, e quase concluiu a construção de uma rodovia ao longo da costa. No ano passado, duas pousadas foram reabertas, especialmente a Loango Lodge, situada na entrada principal para o Parque Nacional de Loango e o projeto de habituação de gorilas. E, em 2017, duas novas pousadas serão inauguradas perto dos parques nacionais de Langoué Bai e Lopé.
28. Atenas, Grécia: um boom da arte em uma capital muito antiga
Os preços caíram, mas a crise da dívida grega não prejudicou a florescente cena artística de Atenas. Os últimos anos viram o surgimento de diversas galerias, coletivos e uma organizações de arte sem fins lucrativos, concebidos para um período de vacas magras, como a Radio Athènes, que organiza palestras pop-up e performances, e a Rede de Arquitetura Nômade, cujo foco são os imigrantes. Em outubro, o Museu Nacional Nacional de Arte Contemporânea EMST, reformado, foi inaugurado no antigo prédio de uma fábrica de cerveja, e o Centro Cultural da Fundação Stavros Niarchos, projetado pelo arquiteto Renzo Piano, abriu as portas em agosto. Atenas co-sediará a edição 2017 da documenta, a influente feira de arte criada em Kassel, Alemanha, em 1955.
29. Noroeste de Porto Rico: um novo lugar para surfistas e gastrônomos
Alguns exilados de Nova York estão desafiando os problemas econômicos da ilha e transformando a pequena cidade de Isabela, um centro de surfe, em um polo cultural que atrai as pessoas desejosas de escapar do inverno da costa leste norte-americana. Wilson Davalos, chefe de cozinha criado em Brooklyn, abriu o CLMDO, um elegante restaurante com apenas 20 lugares, em 2014, e isso estimulou muitos outros empreendimentos. Os pontos altos incluem o La Central, bar de coquetéis artesanais, e a filial local do Uma's, um dos resorts favoritos de Rockaway Beach, com um restaurante na praia e loja de surfe, além de quartos para aluguel.
30. Chiang Mai, Tailândia: uma avalanche de arte na Tailândia
O segundo Galleries Night Chiang Mai, em janeiro, e o Festival de Artes Documentárias, em fevereiro, evento bienal com uma semana de duração, oferecem oportunidades para descobrir a proliferação de espaços de arte na histórica cidade do norte do país. A safra deste ano inclui o primeiro museu de arte contemporânea de Chiang Mai, o MAIIAM; a Estação da Cultura Asiática, um projeto multidisciplinar; e o Thapae East, um centro de arte e performances, entre outros. Os peregrinos da arte podem descansar no chique X2 Chiang Mai Riverside Hotel, que será inaugurado no ano que vem, ou no Art Mai Gallery, um hotel decorado por artistas tailandeses.
31. Napa Valley, Estados Unidos: uma nova geração de inaugurações
Há muito encarada como a região vinícola clássica dos Estados Unidos, neste ano a área ganhará vida nova com a inauguração de diversos hotéis e restaurantes, para não mencionar a cerveja personalizada da Fieldwork Brewery Co, inaugurada em outubro (para se somar a cinco outros fabricantes de cerveja nesse vale de 50 km de vinho). Enquanto isso, o Las Alcobas, hotel projetado por Yabu Pushelberg, acaba de abrir as portas em St. Helena, e o Two Birds/One Stone (controlado pela Kenzo Wines) é um restaurante com inspiração yakitori na área. Não perca as degustações nas novas adegas JaM, que também servem como estúdio de gravação e salão de moda.
32. Puerto Escondido, México: um enclave artístico na costa de Oaxacan
Nos últimos anos, a velha comunidade pesqueira de Puerto Escondido, com suas praias ladeadas por palapas [choupanas de tetos de palha] e longa tradição de surfe, viu a inauguração do elegante Hotel Escondido; diversos restaurantes imaginativos de haute cuisine mexicana, entre os quais o Almoraduz; e um novo complexo de arte, a Casa Wabi, criada por um dos mais conhecidos artistas mexicanos vivos, Bosco Sodi. Já que Ciudad Oaxaca, a capital do Estado, voltou a ser tomada pela violência política em junho, Puerto Escondido, na costa, emergiu como uma alternativa praiana e boêmia.
33. Sedona, Estados Unidos: luxo ensolarado
Sedona, que desfruta do calor seco do deserto do Arizona, recentemente teve sua beleza natural ressaltada por um novo verniz de luxo. No ano passado, resorts como L'Auberge de Sedona, em Bell Rock, concluíram reformas multimilionárias. Novos restaurantes como o Mariposa, o Cress on Oak (do L'Auberge) e o SaltRock Southwest Kitchen atraíram elogios nacionais. E o crescente setor vinícola atrai enófilos ansiosos por provar as safras do Verde Valley.
34. Madri, Espanha: muito mais que tapas, na capital espanhola
Jantar em Madri é cada vez mais uma experiência internacional, com extraordinárias e inovadoras casas de culinária japonesa, brasileira, vietnamita, peruana, mexicana ou indiana. Entre os mais empolgantes dos restaurantes novos estão o Amazónico, de Sandro Silva (com elementos de culinária brasileira e tandooris indianos); o BiBo Madrid, de Dani García (uma "brasserie andaluz"); o Chuka Ramen Bar (versão japonesa da comida de rua chinesa); e o DiverXO, de David Muñoz, que mistura culinárias ibéricas e asiáticas e tem três estrelas no Guia Michelin. E isso só abarca as letras A a D. Em toda a cidade, mercados e edificações decaídas estão sendo transformados em praças de alimentação sofisticadas, como o belo Platea, em um antigo cinema art deco. E, para acompanhar, experimente as bebidas produzidas no local pelo Macera.
35. Ketchum, Estados Unidos: um esconderijo para esquiadores emerge
Fotos de celebridades, de Marilyn Monroe a Tom Hanks, decoram as paredes do recentemente reformado Sun Valley Lodge, e testemunham sobre sua longa associação com Hollywood. Embora a discreta cidade de Ketchum, que abriga algumas das encostas de esqui mais procuradas do Sun Valley e o túmulo de Ernest Hemingway, continue mais "Papa" [Hemingway] que Prada, novos projetos sugerem um futuro mais vistoso. A Aspen Skiing Co. acaba de inaugurar o Limelight Hotel Ketchum, de 99 quartos, o primeiro hotel novo na área em 20 anos, com piscina ao livre e bicicletas de uso gratuito. A Auberge Resorts planeja adicionar 65 quartos de hotel e 14 casas em 2019. Vá de bicicleta ou caminhe com sapatos de neve até um pub local de cerveja artesanal, uma nova destilaria ou, para um reflexo mais claro dos valores locais, faça uma visita à movimentada biblioteca comunitária.
36. Maldivas: será possível salvar o arquipélago?
As Maldivas podem estar afundando por conta da mudança no clima, mas a esperança nunca morre –o arquipélago inteiro se candidatou a classificação como reserva de biosfera da Unesco, em 2017, e mais de 25 hotéis foram inaugurados em 2016 ou serão inaugurados neste ano, entre os quais o ecológico Soneva Jani, cujos quartos têm tetos móveis, e o Four Seasons Voavah Baa Atoll, localizado inteiramente dentro da biosfera da Unesco, enquanto o hotel italiano Baglioni será inaugurado em Maagau, uma ilha privada do arquipélago, neste ano. Um dos primeiros a abrir as portas foi o Hurawhali, um dos maiores restaurantes submarinos do planeta, que começou a operar em novembro. A reforma de US$ 450 milhões (R$ 1,4 bilhão) do aeroporto internacional de Malé inclui uma nova pista cujo objetivo é atrair mais visitantes.
37. Calábria, Itália: comida notável, em uma região menos visitada
Algumas das melhores refeições da Itália não são encontradas em Roma ou na Toscana, mas na região da Calábria, no sul do país. A ponta da bota italiana vem ganhando fama nos círculos gastronômicos e enófilos, com casas como o Ristorante Dattilo, Ristorante Ruris (em Isola Capo Rizzuto) e o Antonio Abbruzzino, em Catanzaro. Conhecida por pratos de tempero forte e como maior fornecedora mundial de bergamotas, a Calábria está agora avançando na direção de pratos mais leves, agricultura orgânica e vinho de uvas locais.
38. Antequera, Espanha: o Stonehenge dos espanhóis?
A região da Andaluzia, no sul da Espanha, tem uma nova –mas muito velha– joia arqueológica a celebrar: um sítio na cidade de Antequera que abriga antigos dólmenes, tumbas megalíticas construídas com pedras imensas e de idade estimada em 5.000 anos. Em julho, três desses bem preservados monumentos, bem como duas montanhas próximas., foram incluídos na lista de patrimônio histórico mundial da Unesco, e a área parece pronta a ser explorada.
39. Ilhas Lofoten, Noruega: paisagens que inspiram arte, no Ártico
O arquipélago, a duas horas e meia de voo de Oslo e mais de 160 km ao norte do círculo ártico, é um santuário idílico para os aventureiros da natureza e os artistas. As montanhas íngremes que se precipitam dramaticamente rumo às águas azul cobalto fazem da área uma escolha preferencial para os ciclistas, os adeptos das trilhas, os praticantes de caiaque e o crescente número de surfistas. A mesma notável paisagem é popular junto a artistas que transformaram as fábricas locais de processamento de bacalhau em galerias de arte contemporânea, cerâmica e fotografia. Novos hotéis, como o Svolvaer Havn, estão sendo inaugurados para acomodar o crescente número de visitantes, e favoritos perenes como o Thon Hotel Lofoten passaram por reforma.
40. Esteros del Iberá, Argentina: revivendo uma região selvagem
Essa região de 1,3 milhão de hectares no nordeste da Argentina ainda está fora do radar da maioria dos viajantes, ficando à sombra da Patagônia. Mas o governo do país e organizações como a Conservation Land Trust estão envolvidos em um extenso projeto de restauração da vida selvagem, repovoando a área com plantas e animais, entre os quais onças. E, no ano passado, a Tompkins Conservation começou a doar terra adicional para a criação do Iberá National Park, que quando completado será a maior área natural protegida da Argentina.
41 Ístria, Croácia: novas acomodações em uma região pouco procurada
A Dalmácia, ao sul, costuma atrair muito mais atenção, mas a região da Ístria vem conquistando mais espaço graças a projetos como o Family Hotel Amarin, um resort de praia com 280 quartos e facilidades para as crianças, inaugurado no ano passado, e o Valamar Isabella, aberto na pequena ilha de Sveti Nikola em 2015. Boutique hotels estão surgindo em charmosas aldeias pesqueiras como Novigrad, que abriga o Rivalmare, de 13 quartos. Por sorte, as demais atrações da Ístria –ruínas romanas, trufas frescas e frutos do mar incríveis - são imortais.
42. Placencia, Belize: a expansão do ecoturismo no sul de Belize
Uma barreira operada à mão ainda é usada para fechar o principal acesso rodoviário para Placencia, no sul de Belize, sempre que um avião de pequeno porte se prepara para pousar na estreita península. Esses aviões agora podem começar a atrapalhar o movimento de carrinhos de golfe –um meio de transporte popular na área, com a recente inauguração do Naia Resort and Spa, que oferece 35 casas de praia, um estúdio de ioga e um bar de sucos. O boutique hotel Itz'ana Resorts & Residences será inaugurado em março, com um restaurante que usa produtos locais, um spa de cinco quartos e um bar de rum. A pacata cidade de praia oferece acesso aos recifes de coral da costa de Belize, águas essenciais para o mergulho com tubarões baleia, espécie classificada como ameaçada pela International Union for Conservation of Nature.
43. Região de Langtang, Nepal: cidade demolida revive
Os visitantes a essa área 65 km ao norte da capital nepalesa, Katmandu, praticamente desapareceram depois da avalanche de 2015, que quase acabou com a aldeia de Langtang, o centro nervoso da área. Em um esforço por reanimar o turismo, a agência de viagens Intrepid agora oferece um espetacular pacote de 15 dias na trilha Tamang Heritage, com trilhas alpinas, colinas verdejantes, aldeias rústicas e mosteiros. A porção recentemente inaugurada do Parque Nacional de Langtang, chamada Trilha Langtang Heritage, oferece a oportunidade de contato com a etnia tamang, originalmente formada por comerciantes de cavalos tibetanos que se radicaram na área.
44. Bozcaada, Turquia: para ver a Turquia em ritmo mais lento
Essa ilhazinha exposta aos ventos no Dardanelos é deliciosamente isolada: para chegar a ela, é necessária uma viagem de avião de 50 minutos de Istambul a Canakkale, seguida por uma lenta viagem de balsa entre Geyikli e Bozcaada (em uma área até agora intocada pela violência que vem tomando o país). A despeito de seu tamanho modesto, Bozcaada está coberta de vinhedos e abriga seis vinícolas, entre as quais a bem conhecida Corvus. Além dos vinhedos, há pequenas baías, ruínas, duas praias e um castelo otomano cor de café com leite. Mesmo as pedras que pavimentam o centro da cidade parecem mais macias: a região se tornou área de pedestres em 2015.
45. Birmingham, Estados Unidos: uma nova fábrica de cerveja foi só o começo
O apelido de Birmingham, "a Pittsburgh do sul", parece apropriado uma vez mais, graças à revitalização do bairro de Avondale, onde artistas, restaurateurs e jovens empreendedores estão ocupando velhos armazéns de tijolos e casas em estilo Queen Anne. Depois que a fábrica de cerveja que leva o nome do bairro ocupou um velho quartel de bombeiros do século 19, estabelecimentos charmosos como a Post Office Pies, uma pizzaria com forno a lenha; a casa de música ao vivo Saturn; e um restaurante especializado em brunches que ocupa um antigo posto de gasolina, o Rowe's Service Station, não demoraram a seguir seu exemplo.
46. Vale Sagrado, Peru: celebrando a cultura gastronômica na terra dos incas
Uma fábrica de cerveja em crescimento e outros projetos gastronômicos estão criando um polo de culinária no coração das terras incas. Ao longo do rio Urubamba, a Explora, companhia chilena que opera hotéis ecológicos de luxo, criou uma pousada de 50 quartos em uma velha plantação de milho. A Hacienda Urubamba oferece lições de fabricação de cerveja de milho, e o restaurante IK, de Lima, abriu a pousada gastronômica IK Lodge. Em maio, um trem noturno chamado Explorador Andino vai começar a percorrer o altiplano, oferecendo culinária sazonal regional em dois carros-restaurantes e um piano de cauda no bar.
47. Laikipia, Quênia: elefantes, leões e rituais fascinantes
A Borana Conservancy, na região de Laikipia, centro do Quênia, é parte de uma área protegida de 36 mil hectares para elefantes, leões e panteras, entre outros carismáticos animais de grande porte. Há muitas pousadas, mas uma nova e espetacular propriedade, a pousada Arijiju, de 10 quartos, foi inaugurada em 2016 e oferece guias que conduzem os hóspedes em excursões que incluem pesca, trilhas, cavalgadas e passeios no topo das árvores. A região também abriga as tribos samburu e masai, que adotam rituais diferentes mas igualmente fascinantes.
48. Busan, Coreia do Sul: cidade subestimada é polo de design
Busan é conhecida como cidade do cinema, mas a cena do design independente também está decolando por lá. O bairro de Jeonpo Cafe, uma antiga área industrial, foi recentemente transformado em um polo criativo repleto de butiques como a Object, que vende produtos artesanais locais. Perto de lá, um antigo hospital dos anos 20 foi reinaugurado em 2016 como Brown Hands Cafe, um espaço atmosférico para a arte. Há novos espaços para mostrar o design local, também: o Festival de Design de Busan e o Busan Design Spot, um guia para as atrações locais.
49. Portland, Estados Unidos: Ainda cool? Na verdade, mais cool que nunca
Será que a florescente Portland, cidade que convida os visitantes a desfrutar de prazeres tão variados quanto roscas muito doces ou aposentadoria antecipada, já esgotou seu charme? Pode morder a língua (mas cuidado com piercing): a cena gastronômica da cidade, já incrível, tem alguns novos e notáveis participantes, entre os quais o Pine Street Market e a primeira filial norte-americana da célebre cadeia japonesa de casas de ramen Afuri. Novas acomodações como o Hi Lo e o Society Hotel transformarão estruturas históricas em lugares elegantes de hospedagem. A cidade também inaugurou recentemente um programa de compartilhamento de bicicletas de alta tecnologia e uma linha de trens urbanos leves, que conduzem visitantes ao outro lado da vistosa ponte de Tilikum Crossing e a bairros como Sellwood Moreland, repletos de atrações.
50. Budapeste, Hungria: uma capital majestosa revela sua modernidade
A Budapeste pós-cortina de ferro emergiu como metrópole animada. Uma energia juvenil e atraente é cada vez mais perceptível na cidade, em novos restaurantes como o Szimply e o Margá Bistro. Os visitantes podem contemplar joias de design húngaro e produtos excêntricos para a casa na Szimpla Design Shop. Diversas acomodações novas, como o Hotel Rum, de projeto local, sinalizam a ascensão da cidade como polo do estilo.
51. South Bronx, Nova York, Estados Unidos: um bairro industrial renasce
Desde os anos 70, o South Bronx vem sofrendo, na realidade e na reputação. Mas as coisas começam a se reverter. As inaugurações de 2016 incluíram lojas de café artesanal, galerias e butiques como a To_Bridges_ e a 9J, a pizzoteca napolitana La Grata e a Milk Burger. Este ano, as inaugurações incluirão o Bruckner Market, com um beer garden no topo, uma fábrica de cerveja e uma destilaria; o complexo de varejo e gastronomia Bronx Post Place; restaurantes de inspiração latina do chef Douglas Rodriguez; e um hotel à beira-rio da Somerset Partners.
52. Ilhas Ryukyu, Japão: o Japão do qual você nunca ouviu falar
Esse raramente visitado arquipélago de 160 ilhas, com múltiplas culturas e dialetos ameaçados, se estende da ponta sul da mais meridional das grandes ilhas japonesas até quase a ilha de Taiwan, cuja costa leste fica a 110 km. Você verá locais que fazem parte do patrimônio histórico mundial da Unesco, cedros de 10 séculos, o coelho Amami, conhecido como "fóssil vivo", antigos templos e castelos, praias de areia branca, locais para mergulho em águas cristalinas e um festival de cabo de guerra. Há uma maneira nova, ainda que cara, de visitar tudo isso: um cruzeiro da Abercrombie and Kent, com preços a partir de US$ 15.495 (R$ 49,7 mil).
Tradução de PAULO MIGLIACCI