Folha de S. Paulo


Moorea, na Polinésia Francesa, oferece hospedagem fora dos resorts

Moorea, um dos lugares mais bonitos da Polinésia, tem um quê de Ilhabela, no litoral paulista. Na ilha vulcânica de 18 mil habitantes, além de praias, há montanhas e cachoeiras.

A chegada, vindo de Papeete, no Taiti, é via balsa. A travessia de 17 km leva em torno de 40 minutos e sai por US$ 15 (R$ 49). Assim como em Bora-Bora, ali é possível nadar entre tubarões e arraias e observar corais e peixes. Algumas agências também oferecem tour de observação de baleias e golfinhos.

Para quem quiser dar um tempo de água, há passeios com visitas a plantações de abacaxi e parada no mirante Belvedere. De lá, avista-se as duas principais baías de Moorea: a Cook, batizada em homenagem ao capitão inglês James Cook, e a de Opunohu.

Como a região é grande, dá para abrir mão do resort e aproveitar opções de hospedagem mais em conta, caso do Moorea Beach Lodge –uma espécie de bed and breakfast de charme, com uma praia particular.

A gastronomia francesa é forte na ilha, com restaurantes que misturam ingredientes europeus aos da Polinésia. É o caso do Le MayFlower, que tem no cardápio carpaccio de atum com foie gras e abacaxi, entre outras delícias.

CAPITAL DE UM DIA

Acredite, praias feias também existem na Polinésia. E fica em Papeete, a capital do Taiti. A cidade, que tem aeroporto internacional, hospital, supermercado e shoppings, não tem pontos turísticos imperdíveis nem praias bonitas –a água ali é escura, sem paisagens encantadoras.

Portanto, não vale a pena passar mais que um dia por lá. O passeio mais legal e manjado é visitar o mercado. É aquele programa sem erro: você vai comer bem, tomar sorvete de sabores exóticos (como tiarê, a flor-símbolo do país, por US$ 2,50; R$ 8,20), ver artesanatos, tirar fotos das bancas de flores e comprar lembrancinhas.

Para almoçar ou fazer um lanche, uma boa opção é o café Maeva, no segundo andar do mercado, que tem pratos bem servidos. Entre eles, o típico peixe cru feito ao leite de coco (US$ 19; R$ 62), possível de achar em várias ilhas. É uma espécie de ceviche local, com pepino, tomate e salsinha, feito com atum ou mahi-mahi. De acompanhamento, porção de fritas de fruta-pão, uma "prima" da jaca.

Do mercado é possível ir andando (a apenas dez minutos) até o novíssimo Museu de Arte Urbana do Taiti. A duas quadras do espaço, uma série de grafites vão surgindo pelo caminho, como nas paredes do minishopping Vaima.

O museu, bem pequeno, abriga bons trabalhos de grafiteiros de países como França, Nova Zelândia e até Brasil (representado pelo artista Crânio). A fundadora do museu, Sarah Roopinia, é curadora do festival de grafite do Taiti.

E, se estiver disposto a fazer uma tatuagem maori, típica da Polinésia, é possível agendar um horário entre os passeio. O estúdio NK Tattoo Tahiti cobra US$ 100 (R$ 327) por um desenho pequeno.

A jornalista viajou a convite da Atout France, do Tahiti Tourisme e da Air Tahiti Nui

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ONDE FICA ISSO?

POLINÉSIA FRANCESA
(Território de Ultramar da França)

Localização Oceania
População 271 mil pessoas (em 2014)
Capital Papeete (no Taiti, maior ilha do arquipélago)
Moeda Franco CFP (R$ 1 = 34,87 francos)
Número total de ilhas cerca de 130

  • Tudo é caro na Polinésia. Um cafezinho não vai sair por menos de US$ 5 (R$ 16,40). Os pratos nos restaurantes custam em média US$ 40 (R$ 131)
  • Leve pouca bagagem, pois os traslados são feitos em aviões pequenos que aceitam malas com no máximo 20 quilos
  • A internet funciona muito mal
  • Leve remédios. Não existem postos médicos nas ilhas. O principal hospital fica no Taiti, em Papeete
  • Muitos locais aceitam cartões, mas é bom ter francos polinésios à mão
  • Vocabulário básico na língua polinésia: "Ia Orana" (Oi / Bom dia); "Mauruuru" (Obrigado); "Nãnã" (Tchau)

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