Folha de S. Paulo


Como fazer a mala de mão perfeita e driblar a taxa sobre itens despachados

A partir de 14 março, as viagens de avião terão uma nova taxa. Segundo medida aprovada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) na terça (13), as companhias aéreas poderão cobrar por bagagens despachadas em voos domésticos e internacionais.

Segundo a agência, caberá às empresas estipular o valor da taxa de bagagem ou manter a gratuidade –válida hoje para malas com até 23 kg, em voos nacionais, e para duas bagagens de até 32 kg, para fora do país.

A associação que reúne as empresas aéreas, Abear, diz que a medida vai contribuir para o barateamento dos bilhetes. Para Anac e entidades pró-consumidor, será preciso monitorar os preços para verificar se vai haver ganho para o passageiro.

Os senadores aprovaram, na noite da quarta-feira (14), um decreto legislativo com vetos às normas. O decreto segue para a Câmara. Por ora, sem a avaliação dos deputados, que pode ocorrer só em 2017, as novas regras da Anac seguem de pé.

Entre as novas regras, estão mudança gratuita do nome na passagem, cancelamento sem custo até 24 horas após a compra e indenização imediata para overbooking de até R$ 2.000.

EM DOBRO

As regras sobre o que levar nas bagagens de mão não mudaram: continuam proibidos itens como armas, objetos cortantes e aerossóis, por exemplo.

Por outro lado, o peso máximo permitido para malas de mão dobrou de 5 kg para 10 kg. Esse aumento somado às novas taxas para despachar a mala devem fazer com que muita gente passe a considerar a hipótese de levar todos os itens apenas na cabine do avião. Mas será que é possível levar tudo em um único volume?

A pedido da Folha, a organizadora pessoal Carol Rosa montou duas malas: uma para homens e outra para mulheres, dentro dos limites criados pelas novas regras. "O ideal é separar as roupas por dia de viagem, aproveitando peças que podem ser usadas mais de uma vez, como calças jeans e sapatos neutros", afirma a organizadora, que levou em conta itens necessários para um roteiro de cinco dias (veja nesta página).

Para economizar espaço, Rosa recomenda que o passageiro já vá vestido durante o voo com as peças de maior volume, como casacos e botas. Outra dica é aproveitar os cantos da mala para encaixar sacos com acessórios ou sapatos.

Mala para homens

Itens para homem

Itens na bagagem

  • 1 calça jeans
  • 1 calça de moletom
  • 2 camisas polo
  • 3 camisetas
  • 1 short esportivo
  • 1 short de passeio
  • 1 agasalho de malha
  • 1 jaqueta
  • 1 par de tênis
  • 1 par de sapatos
  • 1 par de chinelos
  • 1 sunga
  • 1 cinto
  • 1 boné
  • 1 nécessaire de couro
  • 5 cuecas
  • 4 pares de meias
  • 1 carregador de celular
  • Peso da mala vazia 3,3 kg
  • Peso da mala cheia 9,6 kg
  • Bagagem para 5 dias

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Mala para mulheres

Itens para mulher

Itens na bagagem

  • 1 calça jeans
  • 1 calça legging
  • 1 short jeans
  • 1 vestido
  • 1 saia
  • 2 camisetas
  • 2 regatas
  • 1 colete
  • 1 blusa de malha
  • 1 camisola
  • 1 par de tênis
  • 1 par de sapatilhas
  • 1 par de chinelos
  • 2 biquínis
  • 1 saída de praia
  • 1 bolsa de praia
  • 1 chapéu dobrável
  • 1 nécessaire de plástico
  • 2 sutiãs
  • 3 meias
  • 5 calcinhas
  • 1 carregador de celular
  • 1 chapinha
  • 1 adaptador universal
  • Peso da mala vazia 3,3 kg
  • Peso da mala cheia 8,9 kg
  • Bagagem para 5 dias

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FORA DO BRASIL

Se no Brasil a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) aumentou para 10 kg o peso máximo permitido para bagagens de mão, a companhia aérea americana United segue na direção oposta.

A empresa anunciou, em novembro, que irá oferecer a partir do primeiro trimestre de 2017 uma nova classe em seus voos, a "econômica básica".

Nessa categoria, os passageiros poderão levar a bordo apenas uma bagagem que possa ser acomodada embaixo do assento. A soma das dimensões não pode ultrapassar 90 cm.

Segundo o jornal "The New York Times", a passagem será mais barata que a da classe econômica e incluirá outras restrições.

Não há a possibilidade de escolha ou troca do assento, por exemplo, o que pode forçar famílias a viajarem separadas.

"Consumidores nos disseram que querem mais opções, e a 'econômica básica' entrega isso", disse, em nota, Julia Haywood, vice-presidente da aérea.

Segundo a companhia, por ora, a tarifa não será comercializada no Brasil.


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