Folha de S. Paulo


Ilhas Jônicas combinam mar colorido e boa gastronomia na Grécia

Quando alguém diz que vai para as ilhas gregas, logo vem à mente uma paisagem com mar azul e casas branquinhas. Mas nem todas são assim –ou só assim.

A noroeste do continente, no mar Jônico, as ilhas Cefalônia, Corfu, Zaquintos, Leucádia, Ítaca e Paxos têm uma paleta de cores mais intensa do que as existentes em Míconos ou Santorini –destinos gregos mais famosos, localizados no mar Egeu.

As ilhas Jônicas são banhadas por águas que vão do azul-turquesa ao royal, e o mar encontra uma costa de pedras e areia branquíssimas. O resultado são praias com águas que parecem cristalinas mesmo vistas da janela do avião. Coladas na orla, há montanhas cobertas por oliveiras, pinheiros, ciprestes e nogueiras.

Como bons destinos gregos, o que não faltam às ilhas Jônicas são de histórias sobre sua natureza e arquitetura.

Desde a mítica Ítaca, destino do herói Ulisses na "Odisseia", narrada por Homero, a Corfu, que fica mais próxima da Itália do que de Atenas e é um pouco menor do que Florianópolis (SC).

Em uma caminhada pelo centro histórico, considerado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, fica fácil notar que, embora grega, a ilha de Corfu esbanja ares italianos.

A antiga fortaleza oferece uma vista panorâmica em que é possível observar, ao mesmo tempo, a costa da Albânia e um casario típico veneziano no centro antigo da capital –daí saiu o apelido de "ilha amarela".

Igrejas e construções renascentistas são a marca do domínio veneziano que tomou conta das ilhas Jônicas entre os séculos 14 e 18.

Essa herança é responsável pela alegria gastronômica dos turistas, que encontram nos restaurantes pratos que misturam o frescor da culinária grega com receitas italianas –incluindo iguarias com cogumelos frescos e trufas e cartas com bons vinhos e prosecos.

A programação cultural de Corfu costuma surpreender o viajante cujo plano poderia inicialmente ser apenas o de curtir as praias paradisíacas de Sidari, Paleokastritsa, Kassiopi ou desfrutar das mordomias dos grandes hotéis ao sul da ilha.

Onde fica - Grécia

SISSI

Em um roteiro curto, é possível passar no Museu de Arte Asiático, no Museu Bizantino e no Palácio Achilleion –mais conhecido como Palácio de Sissi, a imperatriz da Áustria. Dá para conhecer todos eles em um dia.

De lá, visita-se Paxos, outra das ilhas. Diz a lenda que Posêidon, o deus dos mares, criou o lugar e suas cavernas para ficar ali a sós com sua amada Anfitrite.

De fato, não existe outra maneira de chegar à ilha a não ser navegando. Contratar um passeio de barco bate-volta desde Corfu é uma opção que permite explorar Gaia, a charmosa capital da ilha, e seus arredores.

O tour dura cerca de uma hora pela Kamelia Lines e custa € 20 (R$ 72). O trajeto também passa pela ilhota gêmea Antipaxos, quase inabitada.

Na parada, os barcos ancoram com pausa para um mergulho na praia Voutomi, com águas de tom azul claro.

Ser ambicioso e querer explorar as principais ilhas Jônicas em pouco tempo pode ser frustrante. São indicados pelo menos cinco dias para conhecer com calma todas as atrações de Corfu, Cefalônia e Zaquintos. Já as ilhas menores podem ser conhecidas em passeios de apenas um dia, que partem das localidades principais.

Depois disso, é só subir no barco e encarar a tarefa de escolher em qual coloração de mar mergulhar e quais pratos experimentar.


Endereço da página:

Links no texto: