O clima é de velho oeste americano em Jackson Hole. Em meio a cowboys e animais selvagens em campos abertos que parecem sem fim, a estação de esqui, localizada no Estado de Wyoming, nos EUA, é referência para quem busca algum tipo de adrenalina na região.
Cravada no início das Montanhas Rochosas, que seguem até o Canadá, a pista comemorou 50 anos em 2015 e não perdeu o jeito e o charme interiorano.
Ainda assim, com 133 pistas e 13 teleféricos ("lifts"), Jackson Hole se mostra perfeita para esquiadores e snowboarders experientes.
Os caminhos são, em geral, longos, íngremes e com alto grau de dificuldade. Por isso, metade das pistas da estação são destinadas aos experts. Mesmo as 40% deixadas para esquiadores de nível intermediário não são nem um pouco fáceis. Resultado: sobra só um restinho para os iniciantes.
A divisão, no entanto, não deve intimidar quem deseja conhecer o esporte, já que esquiadores de primeira viagem não precisam de muito mais que alguns metros para aprender a deslizar.
Mas Jackson Hole continua a investir em melhorias e tenta deixar o trajeto mais palatável para esportistas pouco experientes.
Só no ano passado, foram US$ 10 milhões gastos no trajeto e em novos "lifts", destinados principalmente a aumentar as possibilidades para quem não se sente totalmente confortável em descidas em alta velocidade.
Os preços variam durante as semanas da temporada, mas, em média, um passe para o dia de montanha sai por US$ 130 (R$ 417) para um adulto. Se optar por ficar nos 10% da montanha para iniciantes, o passe sai por US$ 37 (R$ 119) o dia por pessoa.
Aulas básicas, que são essenciais para o início no esporte, custam US$ 780 (R$ 2.500) para um grupo de cinco pessoas, durante todo o dia, ou US$ 530 (R$ 1.700), por meio período.
CULTURA DO INTERIOR
Para chegar à estação, o aeroporto de Jackson Hole tem conexões diretas com as principais grande cidades norte-americanas.
Com a facilidade de acesso, o Brasil é o quinto país a mandar mais turistas ao local. A estação recebeu, no inverno de 2015, 100 mil visitantes, o que representa uma alta de 30% ante 2014.
Mesmo com a crescente popularidade, a estação é tida pelos frequentadores como uma espécie de "anti-Aspen". Enquanto a estação do Estado do Colorado é conhecida pela elegância e por muita badalação, Jackson Hole é vista como um destino interiorano e mais pé no chão.
Ali, a cultura do campo domina a paisagem. É comum que bares, pubs e restaurantes próximos da montanha fechem relativamente cedo. Sem muito agito noturno, o jeito é acordar cedo –e logo no início da manhã já há filas para os "lifts".
O clima provinciano não significa, porém, pouca oferta de serviços. Bons hotéis e restaurantes fazem parte de Teton Village, o vilarejo que abriga a estação.
Mais movimentada, Jackson fica a apenas 20 km de Teton Village e também oferece opções de hospedagem aos turistas-esquiadores.
A cultura rural dos EUA é quem manda ali, e a vista entre a saída da estação de esqui e a chegada à cidade é marcada por caminhonetes vistosas, cavalos e áreas descampadas, por onde correm criações de gado e veados.
Em Jackson, há museus que contam a história da região, e as lembrancinhas ficam por conta do artesanato local, sobretudo aquele feito por índios. Por toda a cidade, há restaurantes, quase sempre de hambúrgueres.
Bares (que tocam exclusivamente música country) são movimentados nas noites dos fins de semana. "Movimentados" é força de expressão: trata-se do Wyoming, o Estado menos populoso dos EUA, onde a natureza ainda se sobrepõe ao homem.
O jornalista viajou a convite de Jackson Hole
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Destinos
- Vail: Estação é parque temático do esqui com pistas de vários níveis
- Park City: Cinema e hotéis levam glamour e atraem esquiadores
- Whistler: Estação abriga o maior resort de esqui da América do Norte
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Pacotes
EUA
US$ 1.395 (R$ 4.466)
Valor por pessoa para cinco noites em Vail. Não inclui aéreo nem 'skipass', que dá acesso a montanhas e pistas de esqui. Na Teresa Perez: teresaperez.com.br
US$ 1.425,70 (R$ 4.563)
Sete noites em Park City, com Epic Pass, que dá acesso ilimitado às estações de esqui. Valor não inclui aéreo. Na Snowtime Ski Travel: snowtime.com.br
US$ 1.827 (R$ 5.850)
Sete noites em Aspen, em janeiro. Valor inclui 'skipass' por seis dias, mas não prevê passagens aéreas. Por pessoa. Na Interpoint: interpoint.com.br
R$ 6.806
Seis noites em Aspen com café da manhã incluso, sem 'skipass' no valor. Por pessoa, com passagens aéreas. Na Submarino: submarinoviagens.com.br
US$ 2.939 (R$ 9.410)
Com 'skipass' incluso, sete noites em Heavenly, sem alimentação no pacote. Com aéreo. Na SkiBrasil: skibrasil.com.br
R$ 9.954
Com aéreo, três noites em Denver, no The Pines Lodge, a RockResort. Pacote para duas pessoas, com aéreo. Não inclui 'skipass'. Na Expedia: expedia.com.br
US$ 3.373 (R$ 10.799)
Sem aéreo, valor por pessoa para sete noites em Wyoming e 'skipass' de seis dias para a estação de Jackson Hole. Na Sete Mares: setemaresturismo.com.br