Folha de S. Paulo


Paris proibirá circulação de carros em trecho ao longo do rio Sena

Kenzo Tribouillard/AF
Parisienses e turistas aproveitam o dia de sol às margens do rio Sena
Parisienses e turistas aproveitam o dia de sol às margens do rio Sena

A prefeitura de Paris aprovou nesta segunda-feira (26) uma proposta para transformar as margens do Sena em calçadão e proibir o tráfego de automóveis ao longo de um trecho do rio. A medida visa baixar os níveis de poluição na cidade, que são maiores do que os permitidos pelas normas da União Europeia.

A prefeita Anne Hidalgo afirmou que a "decisão histórica" é "a reconquista do rio". A medida causou, porém, polêmica. A oposição e representantes de usuários de automóveis rejeitaram a proposta e disseram que o plano piorará o trânsito na cidade.

O tráfego de automóveis foi proibido em 3,3 quilômetros da via Georges-Pompidou, partindo da entrada ao túnel das Tulherias, junto ao Museu do Louvre, até a saída do túnel Enrique 4º, perto da praça da Bastilha. Estima-se que cerca de 43 mil veículos circulem pela região diariamente.

Além da proibição da circulação de carros, o projeto do calçadão, estimado em € 8 milhões (cerca de R$ 29 milhões), prevê a construção de passarelas para os pedestres e a criação de um espaço verde. As obras na região devem começar já nas próximas semanas. As margens do Sena são Patrimônio Mundial da Unesco desde 1991 e atraem milhares de turistas por ano.

Mas o novo calçadão é apenas um dos pontos do programa de antipoluição de Hidalgo, que incluiu ainda a proibição do tráfego de carros na avenida Champs-Élysées no primeiro domingo de cada mês. Segundo especialistas em saúde, a poluição atmosférica é responsável por 2,5 mil mortes ao ano na cidade e 6,6 mil na região metropolitana.

Nos domingos, quando várias ruas ficam fechadas para carros em Paris, as emissões de chegam a cair entre 20% e 40%.


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