Ao viajar, o editor-adjunto de arte da revista sãopaulo, Fernando Sciarra, gosta de fotografar e, no mesmo dia, fazer uma edição do material.
"É a maneira que encontro de fruir melhor o lugar, enxergar uma narrativa, me relacionar com o destino", conta.
Foi assim no Japão, país em que ele esteve em 2014, visitando Tóquio –"uma bomba, como São Paulo, com muito a ser descoberto"– e Kyoto –"destino mais tranquilo, mais leve".
Entre as coisas que o impressionaram estão os detalhes da vida cotidiana dos locais, registrados neste ensaio.
"Os japoneses colocam uma energia e uma dedicação absurda em tudo o que tocam", diz, citando as tampas de bueiros do país, decoradas com motivos diversos estilizados –a exemplo da cerejeira.
A viagem também foi marcada pelo bloqueio linguístico. "É diferente visitar um lugar do qual você conhece o idioma, mas não o domina completamente, como Nova York, e ir a outro em que não tem a menor noção da língua", compara.
"Nesses lugares, parece que você relaxa mais, e com isso a viagem flui melhor. O 'não falar' permite criar jeitos muito mais ricos de comunicação."
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