Folha de S. Paulo


Safáris na Namíbia revelam animais, dunas e deserto de árvores secas

Elefantes, impalas, girafas e outras espécies bebem água em um lago, em aparente harmonia. Em um átimo, todos levantam a cabeça e rapidamente se afastam dali.

"Provavelmente perceberam que um grupo de leões está por perto", explica o guia. Dito e feito, minutos depois, se avista um grupo de três leões se aproximando da fonte de água.

Na Namíbia, a maneira mais cômoda de fazer um safári é contratar agências especializadas, como a Chameleon (chameleonsafaris.com ), em Windhoek, capital do país. Existem passeios rápidos, de dois dias e para uma única localidade, até opções de mais de dez dias, por diversas paisagens. Os preços partem de cerca de US$ 300 (R$ 1.020).

Os destinos mais procurados são os parques nacionais de Etosha e de Sossusvlei –com mais tempo, é possível ir ao Flash River Canyon.

O passeio de seis dias começa cedo, com um deslocamento de aproximadamente cinco horas até Etosha, ao norte. Da entrada do parque ao local onde estão as acomodações são mais cerca de duas horas por uma região árida, onde já é possível ver girafas, elefantes, impalas, rinocerontes, leões...

No dia seguinte, são mais três saídas: uma logo ao nascer do sol, outra depois do café da manhã e a última após o almoço.

O objetivo, como no primeiro parágrafo, é sempre encontrar os tão esperados olhos d'água, onde nos períodos de seca os animais se concentram para matar a sede.

CENÁRIO DE DALÍ

Os animais são mais difíceis de serem vistos em Sossusvlei, parque com dunas de areia e um deserto de árvores mortas. A duna mais acessível é a de número 45 –que fica a 45 quilômetros de Sesriem, a entrada do lugar.

Mas é a mais alta que reúne o maior número de turistas. Big Daddy, como é conhecida, tem 325 metros de altura (o Pão de Açúcar, no Rio, tem 396 metros).

A visão da subida pode desestimular os mais preguiçosos a chegar ao cume, mas a ladeira não é tão ruim quanto parece. É certo que a trilha vai se tornando mais inclinada com a subida, mas, em compensação, a paisagem se torna cada vez mais bonita.

Principalmente quando é possível ver, à direita, o cenário esbranquiçado do Deadvlei, com suas árvores secas e esparsas brotando da areia. Um deserto de troncos que parece saído de um quadro surrealista de Salvador Dalí.

A paisagem é boa para fotos. O melhor horário é logo após o amanhecer ou durante o pôr do sol, quando ganha tons que vão do amarelo ao vermelho, e as dunas parecem ainda mais volumosas.

Contudo, só pode estar dentro de Sossusvlei nessas horas quem se hospedou no parque. Entre as opções de acomodação estão o Sesriem Campsite (camping, por cerca de R$ 50 por dia) e o Sossus Dune Lodge (em quartos, com diárias a partir de R$ 670 por pessoa).

No dia seguinte, voltando a Windhoek, no caminho há um centro de reabilitação de guepardos, típicos da região. Em alguns locais ainda é possível comprar artesanatos dos povos herero e himba, etnias tradicionais que aproveitam o turismo como fonte de renda.

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