Folha de S. Paulo


Turistas não poderão mais acariciar filhotes de leão em parque sul-africano

Odd Andersen - 19.jan.2000/AFP
ORG XMIT: 003301_1.tif Criança brinca com filhotes de leão em parque turístico de Lanseria, África do Sul: Dennis, 2, plays 19 January 2000 with two six-month old lion cubs at a lionpark in Lanseria some 25 km west of Johannesburg, South Africa. The toddler spent the day with his parents in the park which is a popular tourist destination for visitors to South Africa.AFP PHOTO Odd ANDERSEN
Criança brinca com filhotes de leão no Lion Park, em Johannesburgo; o local vai acabar com a prática

Turistas serão, em breve, proibidos de cuidar e afagar filhotes de leão em um parque da vida selvagem na África do Sul –movimento que reflete a crescente preocupação com o tratamento dado a esses animais em cativeiro.

A interação de visitantes com os animais, que inclui acariciar filhotes e passear com eles, "tem atraído publicidade negativa e está saindo de moda", diz Scott Simpson, porta-voz do Lion Park.

Essas atividades serão interrompidas no mês que vem, quando o parque se muda de uma área de 80 hectares em um subúrbio de Johannesburgo para um local maior, na região de Hartbeespoort, em Pretória, segundo Simpson informou na última quinta-feira (12).

Na nova sede, o foco será "uma experiência mais autêntica de safári", na qual turistas verão a vida selvagem em tours guiados dentro de veículos.

O Lion Park é um entre numerosas atrações na África do Sul que são maiores do que os zoológicos tradicionais e dão aos animais mais liberdade de movimento, garantindo aos turistas vistas próximas aos predadores (por vezes difíceis de avistar na natureza).

No entanto, muitos conservacionistas acreditam que fazer carinho em leões em ambientes cercados é prejudicial para os filhotes, que não aprendem a viver na natureza e perdem o medo de humanos, aumentando o risco de ataques.

Ian Michler, autor de um documentário chamado "Blood Lions", elogiou a iniciativa do Lion Park, mas disse que criar leões em cativeiro não serve a propósitos de conservação.

"É meramente ferramenta de entretenimento e lucro", afirma.


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