Folha de S. Paulo


Em Punta Cana, há vida além dos resorts, mas custa caro

Nas areias brancas de Bávaro, praia mais turística de Punta Cana, se estendem, até onde a vista alcança, espreguiçadeiras de hotéis.

A orla é tomada pelo modelo de hospedagem mais comum por ali, resorts "all inclusive" –em que se come, bebe e até se faz atividades como snorkeling e caiaque sem gastar um centavo a mais além do preço do pacote.

Em tempos de crise, eis uma razão por que Punta Cana se tornou o destino caribenho mais vendido de agências como Flytour, Agaxtur e CVC (na qual o número de passageiros para esse destino cresceu, em 2015, 45%). Ademais, é preciso dar crédito às belezas locais –das palmeiras na praia ao, como não podia deixar de ser, mar caribenho.

Caribe e cia

Pode ser difícil abrir mão dos confortos dos resorts –alguns disponibilizam até mordomo. Mas vale saber que há vida além dos "muros". Desde que se disponha a sacar alguns dólares a mais.

Passeios populares, como nadar com golfinhos ou visitar a ilha Saona, cenário de "A Lagoa Azul", custam em torno de US$ 100 (R$ 410).

Um dos mais em conta, o Catamaran Bebe (bebecata maran.com) sai por US$ 69 (R$ 283). Apesar das paisagens, cabe a ressalva: o ponto alto, o snorkeling, é numa região abarrotada de barcos.

Quando a Folha fez o passeio, tripulantes não informaram o melhor lugar para observar vida marinha –e só ao se afastar um pouco a reportagem viu uma maior variedade de animais, além dos peixinhos. O passeio acaba em uma piscina natural que vira "batalha naval", em que as armas dos barcos são o volume da música –incluindo a inescapável "Ai, se Eu te Pego", de Michel Teló.

O passeio no Seaquarium (US$ 105, R$ 430; seaqua riumpuntacana.com) inclui uma experiência de "astronauta": com capacetes de mergulhador, a três metros abaixo da superfície, literalmente anda-se na areia.

No fundo do mar, colocar um pé na frente do outro é mais difícil do que parece –a noção de profundidade e a velocidade dos movimentos se alteram. E, à sua frente, peixinhos nadam enlouquecidos ao disputar pedacinhos de pão soltos pelos mergulhadores. Além da caminhada, pode-se nadar em um tanque com tubarões-lixa e arraias e receber um beijinho de um leão-marinho.

Quem gosta de história deve ir à capital, Santo Domingo (US$ 92, R$ 377; puntaca natours.es), onde europeus estabeleceram o primeiro assentamento na América após a descoberta de Colombo.

As lojinhas na beira da praia vendem artesanato, feito com larimar, pedra azul encontrada no país, e garrafas de mamajuana (drinque local com raízes e rum ou vinho com mel).

A jornalista viajou a convite da Copa Airlines e da Paradisus Resorts


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