Um grupo de arquitetos europeus pretende construir um novo colosso de Rodes. A estátua original, destruída por um terremoto no ano 226, é considerada uma das sete maravilhas da Antiguidade.
A nova criação, que também ficaria na ilha de Rodes, mas nos arredores da cidade, não será meramente uma réplica da anterior, mas uma versão atualizada, com 150 metros –o equivalente a um prédio de 50 andares e cinco vezes o tamanho da estátua original, de 30 metros.
O novo colosso, revestido com painéis de energia solar, deve abrigar um museu, uma livraria, um centro cultural e um farol para orientar os navios que chegarem ao porto.
Para evitar o mesmo destino do monumento original, a construção terá duas estruturas –uma de concreto e outra de metal–, separadas por molas, para mantê-la de pé e resistente a tremores de terra. Para mais sustentação, ela também será montada em um tripé, formado pelas duas pernas do deus e sua capa.
Segundo o projeto, a construção deve custar cerca de € 260 milhões (mais de R$ 1 bilhão) e levaria três ou quatro anos para ficar pronta. Outras tentativas de reconstruir o colosso nos últimos anos falharam justamente pelo alto custo envolvido.
O grupo de arquitetos, com representantes gregos, espanhóis e italianos, pretende encontrar investidores para bancar o projeto e considera usar até mesmo uma campanha de financiamento coletivo pela internet para obter o valor necessário.
Segundo um estudo feito pelo próprio grupo, o novo colosso poderia render até € 2 bilhões de euros de receita por ano para a Grécia.
O colosso de Rodes original, que, acredita-se, foi construído pelo escultor Carés de Lindos cerca de 300 anos antes do nascimento de Cristo, era uma homenagem ao deus grego Hélio, que simboliza o Sol.
As outras maravilhas da Antiguidade são o templo de Ártemis, os jardins suspensos da Babilônia, o mausoléu de Halicarnassus, o farol de Alexandria, a estátua de Zeus e a Grande Pirâmide de Gizé. Apenas a última ainda existe.