Folha de S. Paulo


Itália declara museus 'serviços públicos essenciais'

Gregorio Borgia-9.mai.2010/Associated Press
Turistas em frente ao Coliseu, em Roma
Turistas em frente ao Coliseu, em Roma

Após o atraso de mais de três horas na abertura dos principais bens culturais de Roma, o Conselho de Ministros modificou a legislação para declarar que os museus e os sítios arqueológicos do país são "serviços públicos essenciais".

Com isso, fechamentos como aqueles que ocorreram na última sexta-feira (18) na capital italiana e em julho no sítio de Pompeia não deverão mais acontecer. Para o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, a medida fará com que a Itália não sofra "com a cultura de reféns dos sindicatos".

"Nós aprovamos um decreto de lei que insere os museus nos serviços públicos essenciais porque certas cenas não pode mais acontecer. Alguns sindicalistas acham ainda que podem fazer reféns a cultura e a beleza da Itália e não entenderam que a música mudou. Não nos daremos por vencidos jamais. Mudará e como mudará", disse o premiê.

Por causa de uma série de reivindicações, especialmente sobre o atraso no pagamento de um bônus salarial, diversas organizações convocaram reuniões no Coliseu, nos Fóruns Romano e Palatino, nas Termas de Diocleciano e na Óstia Antiga que atrasaram a abertura dos portões, causando filas enormes para os turistas pegos de surpresa.

Um dos líderes do movimento, Claudio Meloni, afirmou à ANSA que há a possibilidade de uma greve geral em outubro caso todos os pedidos não sejam atendidos. Por causa disso, o governo já estuda mudanças na lei de greve, para tanto garantir o direito dos funcionários públicos de cruzar os braços, mas sem prejudicar os cidadãos que querem visitar os pontos turísticos.


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