Folha de S. Paulo


Câmbio canadense e novos voos barateiam Québec

A cidade de Québec renasce a cada verão. No calor agradável, com festivais ao ar livre e campos repletos de morangos, fica difícil imaginar as ruas de paralelepípedos do centro antigo cobertas de neve no frio rigoroso.

Estar na cidade parece uma viagem no tempo: a menos de 200 km da fronteira com os EUA, a língua francesa reina entre as muralhas da Vieux-Québec (velha Québec) e o gigantesco "castelo" Frontenac.

O momento é favorável para visitar a região: o dólar canadense está mais barato que o americano (vale R$ 2,91, contra R$ 3,86, na cotação da última terça, 15), e os pacotes baixaram de preço graças ao aumento da oferta aérea.

Há um ano, a Air Canada abriu um segundo voo sem escalas entre Guarulhos e Toronto (a uma hora e meia de Québec), e a TAM adicionou em abril uma rota para a cidade, parando em Nova York.

O lado mutante entre verão e inverno se revela em atrações como a Île d'Orléans e a catarata de Montmorency, com seus 83 metros de altura (30 a mais que as ilustres quedas de Niágara, a 900 km de distância).

No verão, é possível chegar bem perto dela: para se refrescar com respingos, fazer zipline (um tipo de tirolesa) ou observar pescadores. De longe, sobre uma ponte suspensa ou uma longa escadaria, vê-se a força da queda, seguida quase sempre de um arco-íris.

No inverno, parte das águas congela, a cachoeira fica apelidada de "Le Pain de Sucre" (pão de açúcar) e vira palco de alpinismo no gelo e brincadeiras na montanha de neve que se forma a seus pés.

Independentemente da estação, um bondinho leva turistas para cima e para baixo.

Onde fica

PARALELEPÍPEDOS

Outro cartão-postal local é o Château Frontenac, que descansa imponente no topo do centro antigo de Québec.

Apesar do nome, o "castelo" sempre foi um hotel, aberto em 1893 como parada para os viajantes da linha de trem.

Autoproclamado o mais fotografado do mundo (a origem da informação é incerta), ele tem história: ali o primeiro-ministro britânico Winston Churchill se reuniu com o presidente americano Franklin Roosevelt para debater estratégias da 2ª Guerra Mundial.

Não é preciso pagar as diárias a partir de US$ 300 para conhecê-lo por dentro: há três restaurantes, com vistas para a cidade, e uma Starbucks abertas a passantes.

Fundada em 1608 pelo francês Samuel de Champlain, Québec tem em seu centro antigo uma vila fortificada por muralhas –a única remanescente ao norte do México. Ruas de paralelepípedos, carruagens puxadas, galerias de arte e bistrôs ajudam a compor o clima romântico.

Para conhecer a culinária franco-canadense, uma indicação é o restaurante Aux Anciens Canadiens (auxan cienscanadiens.qc.ca). Em uma casa do século 17, serve pratos como tortas de carne e de "maple syrup".

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EMBARQUE PARA O CANADÁ

FUSO HORÁRIO
Québec tem 1h a menos em relação a Brasília

VISTO
O Canadá exige visto (R$ 270) para brasileiros

COMO CHEGAR

SP-Québec-SP
Air Canada: a partir de US$ 610 (R$ 2.354); via Toronto; aircanada.com.br

SP-Toronto-SP
TAM: a partir de R$ 3.846,15; tam.com.br


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