Folha de S. Paulo


Pesquisa analisa bactérias dentro de avião; saiba qual é o ponto mais sujo

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Interior de avião
Interior de avião

Viajar de avião é, estatisticamente, mais seguro do que de trem ou de ônibus, por exemplo. Mas será que os aviões, ambientes pressurizados e com grande circulação de pessoas, são mais limpos do que, digamos, o banheiro de um trem ou uma rodoviária?

O site Travelmath, especializado em estatísticas sobre aviação, se dedicou a descobrir o local com mais bactérias em um avião. A pesquisa concluiu –surpreendentemente– que o ponto mais sujo não é o botão de descarga, no banheiro, mas, sim, a mesinha em frente à poltrona.

O espaço usado pelos passageiros para trabalhar ou fazer refeições contém, em média, 2.155 CFUs (sigla em inglês para unidades formadoras de colônias, que mede o número de bactérias capazes de se multiplicar) por polegada quadrada.

A quantidade de bactérias representa mais de sete vezes a encontrada no segundo lugar mais sujo das cabines, a saída do ar-condicionado (onde foram detectados 285 CFUs por polegada quadrada).

Completam a lista o botão de descarga (265 CFUs), finalmente, e a fivela do cinto de segurança (230 CFUs).

As médias foram retiradas de 26 amostras colhidas em quatro voos e cinco aeroportos; as companhias e terminais não foram divulgados.

Segundo o site, há um motivo para a aparente contradição de um lugar de alimentação ser mais sujo do que um banheiro: enquanto os sanitários são bem higienizados entre um voo e outro –por razões óbvias–, a pressão para companhias aéreas acelerarem os embarques faz com que a limpeza do restante do avião seja mais negligenciada.

Há, ao menos, uma boa notícia: não foram detectados, em nenhuma das 26 amostras, coliformes fecais.

O Travelmath também colheu amostras para calcular os lugares mais sujos nos aeroportos. Como nos aviões, o campeão levou larga vantagem: nos botões de bebedouros foram encontrados 1.240 CFUs; nas travas das cabines dos banheiros, 70 CFUs.


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