Folha de S. Paulo


Fotógrafa registra o contraste entre o quente de Cuba e a frieza de Miami

A diretora de fotografia e fotógrafa carioca Maritza Caneca diz que só entendeu Miami depois de ir a Cuba.

Ela viajou no ano passado à ilha caribenha e fez uma série de imagens que mostram o colorido dos carros e prédios de Havana. Em Miami, a fotógrafa deu continuidade ao seu trabalho com fachadas –que adora fotografar, por causa da simetria–, registrando paredes brancas da cidade.

O resultado está na mostra "Últimas cores de Cuba", em parceria com o arquiteto Pedro Paranaguá, no Casa Cor Rio.

A exposição pretende mostrar o contraste entre a frieza da cidade norte-americana e o "quente, o gingado" de Cuba com 24 fotografias.

Para Caneca, seu trabalho com Cuba "é um documentário, uma maneira de manter vivo algo que pode ser que acabe", em referência ao fim do embargo à ilha, que promete mudanças no país, entre elas uma "avalanche" de turistas norte-americanos.

"Foi muito interessante ir para um lugar parado há 50 anos no tempo e sentir o medo de que tudo aquilo pode acabar", contou ela.

Caneca começou a fotografar quando já trabalhava como diretora de fotografia. Ela conta que o cinema ajudou a "aprimorar seu olhar" ao dar-lhe noções de "luz, enquadramento e referências de fotógrafos importantes."

ÚLTIMAS CORES DE CUBA
ONDE no espaço Home Office da Fotógrafa, no Casa Cor Rio, ladeira da Glória, 26, Rio de Janeiro
QUANDO 15 de setembro

*

Confira outras edições do Álbum de Viagem

Berlim, por Julia Chequer
Lisboa, por Mariana Pinto
Capadócia, por Thomas Canton
Pedras da Ilha Grande, por André Cypriano
Jerusalém, por Bruno Santos
Bolívia e Peru, por Daniel Popov
Apanhado pelo mundo, por Edson Walker
Escócia, por André Vicente Gonçalves
Marrocos, por Jarbas Oliveira
Piauí, por Gustavo Epifanio
Cáceres, por Rafael Coelho
Namíbia, por Haroldo Castro
Nova York, por João Romano


Endereço da página:

Links no texto: