Folha de S. Paulo


Dia dos Namorados: Fazenda em SP garante o isolamento de casais

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Logo ali, depois da janela, um pé carregado de caquis viçosos desperta o paladar. Mais adiante, em uma casa colonial do século 19, um piano, uma biblioteca, uma cozinha cheia de gostosuras.

Mas a ideia da reportagem, nesta ida à Fazenda Catuçaba, foi ficar dentro do quarto, em casal. A experiência, que poderia ser claustrofóbica, revelou-se um tipo de retiro.

O quarto proporciona um isolamento raro de provar em São Paulo. Não se veem pelas janelas outros hóspedes. Não se ouve barulho além dos ruídos da natureza.

A falta de TV, de internet e de telefone reforçam a sensação. A fazenda é um lugar onde se fica completamente desconectado –nem o celular tem sinal. O receio de ficar isolado se desfez ao passar das horas: sono tranquilo, conversas de perder a hora e leitura sem concorrência.

Para alguns, no entanto, pode soar inconveniente o fato de nem sequer haver interfone no quarto –tampouco frigobar. Para qualquer pedido, há que caminhar à sede.

Bruno Scatena/Folhapress
Quarto do hotel Fazenda Catuçaba, em São Luiz do Paraitinga, onde não há sinal de internet nem de TV
Quarto do hotel Fazenda Catuçaba, em São Luiz do Paraitinga, onde não há sinal de internet nem de TV

Vigas de madeira à mostra e flores colhidas nas redondezas enfeitam o espaço, cujo coração é uma enorme cama, bem acolchoada, com travesseiros macios.

No banheiro, mais chama a atenção uma ducha forte, sob a qual se alonga no banho sem culpa –a água vem de minas locais. Para embalar o corpo, gostosas toalhas de algodão egípcio.

De toda sorte, é preciso sair do quarto para fazer as refeições –que valorizam ingredientes frescos e orgânicos, da horta de cultivo próprio.

Outra alternativa é escolher, para a estadia, a casa do lago. Trata-se de uma construção pequenina, de 1840, que carrega o espírito daquela época nos quartos, no banheiro e na sala com cozinha.

Um faqueiro de antigamente fica exposto num canto. No outro, uma vitrola portátil com LPs ao lado –dá para pinçar, por exemplo, "Double Fantasy", no qual John Lennon está a beijar Yoko Ono na capa.

Mas também ali é preciso locomover-se até o casarão central para fazer as refeições. No máximo, é possível alinhar os almoços por lá –café da manhã e jantar, não.

Da varanda, com redes e uma mesa de madeira, uma vista para admirar em silêncio: um lago rodeado por uma pacífica paisagem verde.

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