Folha de S. Paulo


Na Guatemala, mercado de Chichi é mistura de sons e sabores

A 130 km da Cidade da Guatemala está uma das experiências mais interessantes do país, o mercado de Chichicastenango, realizado às quintas-feiras e aos domingos.

Chichi, como a cidade é conhecida, está a 2.000 metros de altura, no coração do altiplano guatemalteco. Em dia de mercado, que é uma imensa feira ao ar livre, as estradas da região são tomadas por "chicken buses" (aqueles coloridos), tuc-tucs e vans que partem em direção à Chichi lotados de passageiros.

A feira é uma das principais do país e abastece uma vasta área do altiplano. Indígenas de diversas aldeias, em especial da etnia Quiché, vão a Chichi comprar e vender produtos. E isso não é de hoje. O local funciona como entreposto comercial desde antes da dominação espanhola, no século 16.

As ruas estreitas ficam tomadas por barracas que vendem artesanatos, roupas e tecidos típicos, máscaras de madeira, instrumentos musicais, utensílios domésticos, aves vivas, carnes e temperos.

No caos de Chichi, o turista sente uma mistura de cores, cheiros, sabores e sons.

Enquanto crianças imploram para vender alguma coisa, fiéis estouram rojões numa procissão sincrética. Dentro das igrejas, homens com roupas típicas dançam e tocam instrumentos ao redor de imagens sacras.

Todos os produtos são vendidos a preços muito baixos. Pechinchar? Funciona. A barganha faz com que um caminho de mesa feito à mão, que leva até dois meses para ficar pronto, seja vendido por R$ 40. A vendedora lamenta. Sabe do valor de seu produto, mas aceita.

MERCADO DE CHICHI
COMO CHEGAR há tour de van saindo de Antigua, da Cidade da Guatemala e de cidades ao redor do lago Atitlán; com a Neway Tours (on.fb.me/1NR1iU8 ), custa 100 quetzales (R$ 40)
QUANDO às quintas e aos domingos, das 8h às 14h


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