Folha de S. Paulo


Em Abricó, no Rio, há 'stand up pelado' entre as opções de lazer

É difícil se sentir vestido de menos no Rio de Janeiro. Mas mesmo cariocas acostumados a tomar o elevador de sunga podem se sentir desafiados por Abricó, a mais recente praia oficial de nudismo.

Similar às vizinhas Prainha e Reserva, na zona oeste, Abricó tem águas verdes e areia fina com menos gente do que Ipanema ou Leme. Pudera: chegar lá a partir da zona sul é uma viagem de uma hora ou mais, dependendo do trânsito. Um táxi saindo do Copacabana Palace custa R$ 120 nos fins de semana.

O gasto para por aí. Chegando a Abricó, pode-se comer os sanduíches naturais de Érica Oliveira (R$ 7) e pagar R$ 5 por uma cerveja.

Com o calor no Rio chegando fácil a 40°C, estar preparado é tudo. E a economia com roupa de banho vai embora em um dia de protetor solar fator 100 –para as partes que nunca viram o sol.

Mas se veem poucas marcas de biquíni ou de sunga: bronzeado homogêneo é a regra –as visitas são frequentes. "Venho todo fim de semana. Não me acostumo mais às praias da zona sul, lotadas e com roupa demais", diz a vendedora Carmen Mota, 37, que levou o filho, Gabriel, 11, para um sábado no Abricó. "Aqui parece uma comunidade."

Opções de lazer não faltam. Casais jogam frescobol sem ter movimentos limitados. Pode-se também alugar uma prancha de stand-up paddle, cujo nome foi adaptado e é chamado de "stand up pelado".

Nos finais de semana, quando o nudismo é obrigatório (de segunda a quinta, é opcional), um segurança sósia de Alexandre Frota faz a ronda para se certificar de que ninguém empunhe o celular –até porque ali não há sinal. Ao ver o repórter tirando fotos da praia, pediu que a Folha voltasse ao lado das pedras que levam à "praia de vestidos", onde curiosos tentam espiar a praia dos pelados.

PERFIL família
Acesso fácil? sim
Nudismo é obrigatório? sim, mas com restrições
Homem pode ir sozinho? não
Tem infraestrutura? sim, mas com restrições


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