Esqueça canecas, chaveiros e camisetas. Cidades europeias têm coisas muito mais legais a oferecer como suvenir.
Em Berlim, efervescente polo de arte de rua, painéis desse tipo de desenho; em Londres e Paris, chapéus e guarda-chuvas feitos a mão; em Lisboa, azulejos como os que deram fama à cidade.
Veja na galeria abaixo algumas sugestões garimpadas pelos correspondentes do "New York Times".
*
PRAGA
Não há escassez de lojas de suvenires em Praga, que vendem brinquedos tradicionais. Uma das melhores é a Retro Hracky, criada por um construtor de maquetes.
Dentro, ela se parece com um armário; uma salinha lotada de bonecas Hamiro (US$ 14, R$ 37), e caixas de blocos de construção Merkur (400 a 500 coroas tchecas, cerca de R$ 50), cujo design pouco mudou desde 1920.
Em termos de diversão, esses brinquedos dificilmente concorrem com Candy Crush. Mas parece que não poderiam ter sido feitos em outro lugar.
SITE retro-hracky.cz
*
MADRI
Ao cruzar a porta de um dos históricos fabricantes de violões de Madri, você talvez imagine estar ingressando no passado. Raspas de madeira se despejam pelo chão enquanto os artesãos manipulam tábuas.
É um trabalho meticuloso e lento. A produção mensal é normalmente de dois instrumentos, no máximo, e as minúsculas oficinas e as ferramentas muitas vezes não mudam por gerações.
Na oficina de Mariano Conde trabalham Conde, seu filho e dois outros funcionários, que se movimentam entre moldes, serras, plainas e lixas. Um violão clássico custa em torno de € 18 mil (R$ 59 mil).
SITE marianoconde.com
*
BERLIM
A despeito do processo de remodelação urbana, Berlim continua a ser um baluarte da arte de rua. Murais decoram os muros; imagens de spray estão em toda a cidade. Mas como o visitante pode levar para casa a arte de rua? Basta passear. Os caçadores de tesouros podem ir direto à fonte -os próprios artistas.
Os painéis de Jim Avignon do Muro de Berlim são lendários, mas ele também pinta trabalhos em seu estúdio e os vende em pessoa ou pela internet. São repletos de personagens com cara de quadrinhos e de comentários visuais sobre a transformação de Berlim em cidade burguesa (a partir de € 100, R$ 325).
SITE jimavignon.com
*
BRUXELAS
Embora na capital da Bélgica haja centenas de chocolatiers, o que torna uma visita imperativa, ao menos do ponto de vista do chocolate, é a rica herança dos doces artesanais. E ninguém exemplifica melhor a qualidade que Mary Delluc, que abriu sua loja em 1919.
Em 1942, atingiu seu objetivo de se tornar fornecedora oficial da família real. "Não mudamos muito os chocolates", diz o diretor-executivo, Olivier Borgerhoff. "Tentamos melhorar os que temos." Isso significa obter ingredientes de qualidade e evitar o uso de conservantes nos bombons de caramelo, marzipã e ganache (250 g, R$ 58).
SITE mary.be
Tradução PAULO MIGLIACCI