A economia do compartilhamento –ou a perspectiva de que aquilo que é meu também pode ser seu, por um preço– chegou a todos os quadrantes do mercado de viagens. O sucesso de operações como o Airbnb na locação de quartos gerou negócios relacionados a recreação, alimentação e transportes.
O novo aplicativo da JetSmarter permite que passageiros reservem assentos em jatos privados usando smartphones, prometendo facilidade de uso como à do Uber, aplicativo que conecta passageiros a motoristas. Para viajar de Miami a Nova York paga-se, por exemplo, US$ 4.500 (R$ 10.100) ante os usuais US$ 12.500 (R$ 28.200).
Se você deseja navegar em Michigan ou no Caribe, o GetMyBoat, lançado em 2013, permite alugar mais de 17 mil barcos ociosos em todo o mundo (a empresa informa que a maioria dos proprietários usa suas embarcações durante apenas 8% do tempo).
O EatWith, também de 2013, conecta viajantes a locais de 32 países que oferecem refeições feitas em casa.
Até mesmo os tradicionais clubes de viagem, que permitem aos sócios acesso a propriedades de alto valor em locais turísticos, começaram a compartilhar acesso com não membros. O plano Gateway Escape, da
Exclusive Resorts, confere a não membros acesso por períodos de três a sete dias ao seu portfólio de 300 casas para aluguel.
Com opções tanto tradicionais quanto de compartilhamento se espalhando pela web, as buscas de viagens podem ser trabalhosas, mas a ascensão dos serviços de metabuscas -que agregam resultados de muitos buscadores e bancos de dados– sugere que o futuro digital pode se tornar mais organizado.
Sites como o Kayak, para viagens on-line, e o Trivago, para reservas em hotéis, já existem. Mas o novo AllTheRooms, serviço de buscas de hospedagem, lista não só hotéis, mas opções compartilháveis que incluem aluguéis de casas e barcos, e opções menos tradicionais, como acampamentos, tornando fácil comparar custos com uma só busca ao modo Google.
"Se houver uma rede no Caribe, um sofá em Manhattan ou um hotel estrelado em Las Vegas, estará no AllTheRooms", diz Joseph DiTomaso, um dos criadores do site.
MALA SEM ESFORÇO
O site inglês The Chapar (thechapar.com ) criou um serviço para homens que não gostam de compras: por um valor entre £ 150 (R$ 566) e £ 1.000 (R$ 3.776), envia uma mala de viagem com roupas ao gosto do cliente. O que não for aprovado pode ser devolvido.
Tradução de PAULO MIGLIACCI