Folha de S. Paulo


Maior centro de bem-estar suíço tem termas em meio a picos nevados

Durante 365 dias ao ano, suas termas estão abertas, jorrando quase 4 milhões de litros de água quente ao dia. Rodeadas por alguns dos picos mais altos da Suíça, elas estão em uso, acredite, desde os tempos dos romanos.

Assim é Leukerbad, uma pequena joia suíça do cantão do Valais que os brasileiros só agora começam a descobrir. Seus primeiros registros históricos datam do século 4º a.C. e suas termas (já frequentadas por nomes célebres como Goethe e Mark Twain, por exemplo) eram inicialmente utilizadas com propósitos medicinais.

Mari Campos/Folhapress
Piscina termal em hotel de Leukerbad
Piscina termal em hotel de Leukerbad

Hoje, Leukerbad, é considerada o maior centro de bem-estar dos Alpes.

Com menos de 2.000 habitantes, o destino vive essencialmente do turismo. A maioria de seus visitantes quer banhar-se nas milenares águas quentes, não importando a estação do ano –afinal, são 30 fontes termais, entre públicas e privadas, além da oferta de mais de 300 tratamentos diferentes de bem-estar disponíveis dia e noite.

Mas Leukerbad é também terra de esportes, do esqui durante o inverno às caminhadas na montanha Torrent ou no desfiladeiro Gemmipass no restante do ano (os menos aventureiros podem chegar aos mirantes de ambas montanhas através de seus bondinhos e teleféricos), além de mountain bike e outros.

ALTA GASTRONOMIA
A cidade que é um spa a céu aberto em uso desde a Antiguidade tem também paixão pela alta gastronomia.

O premiado La Malvoisie, o restaurante do luxuoso hotel Relais&Chateaux Les Sources des Alpes (sourcesdesalpes.ch ), é considerado uma das melhores experiências gastronômicas suíças, com cozinha mediterrânea e uma carta excepcional, com mais de 300 rótulos de vinhos do Valais.

O cantão do Valais é a maior região produtora de vinhos suíços (sobretudo Petite Arvine e Fendant) e seu símbolo máximo é a montanha do Matterhorn –para muitos brasileiros, "a montanha do Toblerone". Com diversos mirantes a milhares de metros de altura (são quase 40 picos com mais de 4.000 metros de altitude na região), geleiras (mais de 35) e vinhedos cortados pelo rio Ródano, não é de se espantar que suas ferrovias panorâmicas estejam sempre nas listas de mais belas viagens em trem do mundo.

Mari Campos/Folhapress
Montanha do Matterhorn
Montanha do Matterhorn

A principal atração turística do Valais é o Matterhorn Glacier Paradise, situado a 3.883 m de altitude, com vista panorâmica para os Alpes suíços, italianos e franceses e os glaciares da região –a viagem em gôndola até lá por si só já impressiona.

Mas, para ver o Matterhorn em todo seu esplendor, o trem de cremalheira que leva ao topo da montanha Gornergrat, a mais de 3.000 metros de altitude, é a melhor opção - e ainda permite contemplar o gigante glacial Gorner e o italiano Monte Rosa.

Aos pés do Matterhorn, a cidade de Zermatt tem os carros comuns proibidos de circular em suas ruas -por entre suas casas de arquitetura tipicamente alpina (algumas centenárias, com fachadas de pedra e madeira) só transitam turistas e moradores a pé, em pequenos veículos elétricos ou nas charmosas carruagens utilizadas por alguns hotéis, como o Mont Cervin Palace (montcervinpalace.ch ).

Se nos verões a temperatura pode passar dos 30°C na região, os invernos fazem a alegria dos amantes de esqui, sejam eles iniciantes ou exímios profissionais. Os mais ousados, entretanto, rumam nessa época para a minúscula cidade de Belalp, onde ocorre anualmente há mais de 30 anos a Belalp Hexe, uma competição cujos esquiadores descem 12 km de pistas com diferença de altitude de quase 2.000 metros fantasiados de bruxas.

AÉREO

A Swiss tem voos diários para Zurique partindo de São Paulo por US$ 1.197 (R$ 2.659). Reservas: (11) 3048-5810; swiss.com

TREM

De Zurique, há conexões desde o aeroporto ou o centro para Leukerbad, Zermatt, Belalp e outras cidades

O Swiss Pass (a partir de 272 francos suíços, R$ 673, por quatro dias; (swiss-pass.ch ) dá direito a viagens ilimitadas em trem pelo período adquirido, mais viagens em ônibus e barco, uso do transporte público em 75 cidades suíças e entrada gratuita em 470 museus no país


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