Folha de S. Paulo


Em transição, Cuba renova paisagem com novos hotéis e carros modernos

A expressão "é melhor ir a Cuba logo antes que Cuba acabe" está mais válida do que nunca: o país, que conserva as paisagens e construções de antes da revolução comunista, em 1959, mostra sinais importantes de abertura econômica e cultural.

Em uma rápida visita à "ilha de Fidel", como dizem os próprios cubanos, dá para ver um país mais globalizado, processo que começou quando o presidente Raúl Castro, irmão de Fidel, assumiu o poder, em 2008.

Enrique De La Osa/Reuters
Chevrolet Deluxe passa em frente de cartaz de Che Guevara, um dos líderes da revolução cubana, em Havana Vieja
Chevrolet Deluxe passa em frente de cartaz de Che Guevara, um dos líderes da revolução cubana, em Havana Vieja

Em alguns pontos da cidade, como no bairro Vedado, a cerca de 15 minutos do centro da capital cubana, há prédios novos de hotéis internacionais, como da rede Meliá.

Essas construções recentes são um contraste com os prédios da década de 1920, sem reformas, que dominam o centro de Havana.

Em Havana Vieja, o principal ponto turístico da capital, no centro, não há construções novas. Uma pequena parte é restaurada. Outra, tem seus prédios sustentados por madeiras improvisadas ou está caindo mesmo.

Também é possível encontrar alguns táxis de modelos mais modernos, o que evidencia outro contraste: o carro cubano característico, da década de 1950, é um dos cartões-postais do país.

Quem gosta de carros, aliás, encontra em Cuba um lugar único. É como estar em um museu a céu aberto.

Os carros antigos chamam a atenção dos turistas, mas são uma das principais reclamações de quem vive no país. É possível encontrar vários deles quebrados pelas ruas de Havana, com seus donos atuando como mecânicos e empurrando-os nas vias.

E, por causa desses carros de cerca de 60 anos, uma característica marca Havana: as ruas da capital cubana têm cheiro de diesel.


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