Folha de S. Paulo


No Chile, 9 em cada 10 praias são impróprias para banho, aponta estudo

De cada dez praias no Chile, nove são impróprias para banho, segundo a direção do Território Marítimo e Marina Mercante (Directemar).

De acordo com um cadastro realizado pela entidade, o país, com mais de 4.500 quilômetros de litoral, tem 909 locais que são utilizados frequentemente pelos veranistas, dos quais só 99 têm as condições naturais que as permitem ser aptas para o banho.

Jorge Villegas/Xinhua
(131231) -- VIÑA DEL MAR, diciembre 31, 2013 (Xinhua) -- Una persona practica surf en la playa de Reñaca, en la zona norte de la ciudad de Viña del Mar, Chile, el 31 de diciembre de 2013. (Xinhua/Jorge Villegas) (jv) (ah) - Renaca-Chile
Surfista na praia de Reñaca, no Chile

"Temos registrado um total de 909, das quais 99 são praias aptas, ou seja, cumprem condições naturais que as tornam seguras para que as pessoas possam entrar e mergulhar", disse o capitão Javier Mardones em declaração à "Radio Cooperativa".

As 810 restantes "não são aptas, já que suas condições naturais não permitem, ou seja, têm uma inclinação mais pronunciada, mais correnteza, e em algumas ocasiões existem pedras ou restos de naufrágios", precisou o capitão Mardones.

Essas "são praias onde as pessoas podem ir tomar sol e fazer esporte à beira-mar, mas não se banhar", acrescentou.

A respeito da responsabilidade dos banhistas, o capitão acredita "que há consciência, mas é preciso continuar trabalhando. (As pessoas) já sabem o que significa uma bandeira verde e uma bandeira vermelha, mas se arriscam, dizem 'comigo não vai acontecer'", analisou Mardones.

Entre os balneários mais famosos do país, mas que não estão classificados como aptos para o banho, está Reñaca, que Mardones disse ser um caso particular, já que os banhistas não entram no mar, mas se mantêm na área baixa.

Além disso, alguns setores próximos ao emblemático farol da cidade da Serena, cerca de 472 quilômetros ao norte de Santiago, não estão habilitados para banho, lembrou Mardones.

Do início de ano até 3 de fevereiro, já houve 295 acidentes e 26 mortes, o que significou uma redução de 8,95% em relação ao mesmo período do ano passado.


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