Folha de S. Paulo


Região de Fairbanks, no Alasca, tem museu da Era Glacial e casa do Papai Poel

"Espero que aqui seja Fairbanks", diz o piloto da Era Alaska Airlines, quando a aeronave turboélice de 19 assentos aterrissa. A piada arranca risos dos passageiros, após uma hora de voo desde a decolagem, em Anchorage.

Por sua localização, na área central do Alasca, e pela origem atrelada à corrida do ouro, Fairbanks recebeu o apelido de "coração dourado". Tem só 32 mil habitantes –100 mil se considerado o distrito de Fairbanks North Star–, o suficiente para ser a segunda maior cidade alasquiana (fica atrás de Anchorage).

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É em Fairbanks onde a aurora boreal é vista com mais frequência e intensidade. À chance de presenciar um dos fenômenos mais magníficos do mundo, juntam-se as atrações locais do destino.

Estabelecida em 1917, a University of Alaska Fairbanks abriga algumas delas. Pela proximidade com o Círculo Ártico (pouco mais de 300 km ao sul), o campus é uma referência em estudos de biologia, engenharia e geofísica dessa região. Além de mesclar a modernidade da arquitetura dos edifícios com a atmosfera de um retiro. Lá está também o Museu do Norte, fundamental no roteiro de qualquer visitante.

Michael DeYoung/Corbis
Vista aérea da cidade de Fairbanks, no Alasca, durante o verão
Vista aérea da cidade de Fairbanks, no Alasca, durante o verão

O acervo da instituição revela a vida selvagem no Alasca nos últimos milhões de anos. Ali, o visitante aprende que o Estado já foi fisicamente mais próximo da Ásia do que da América do Norte; que, durante a Era Glacial –a última foi encerrada há 10 mil anos–, diversas espécies de animais e plantas migraram entre os dois continentes –inclusive o homem.

A coleção inclui fósseis de mamutes e mastodontes –restos destes animais, extintos há cerca de 12 mil anos, são comumente encontrados até hoje no interior do Estado–, e o único bisão americano da Era Glacial mumificado no mundo.

Junto aos achados arqueológicos, ocupam a "galeria do Alasca" grandes animais terrestres que habitam a região: lobos, focas, raposas, cervídeos e ursos polares. Todos empalhados. Não é exatamente a experiência que um viajante atraído pela observação da vida selvagem deseja ter. Mas talvez seja o mais perto que a maioria consiga chegar dessas espécies.

A visita merece ao menos três horas, e isso em ritmo acelerado. A "galeria do Alasca" provavelmente ocupará grande parte do tempo, mas há outros quatro ambientes.

O espaço nem é tão grande, mas se transforma em um museu de novidades sob a perspectiva de quem vive em um país tropical (907, Yukon Drive; uaf.edu/museum; entrada: US$ 12, R$ 28).

MAIS ATRAÇÕES

Outro ponto a ser visitado é o ateliê do artesão de facas Mark Knapp, cheio de marfim de mamutes, fósseis de morsas, chifres de carneiros selvagens, alces e cervos, madeiras raras e pedras preciosas. Ele personaliza suas criações com materiais exóticos do Alasca e da África.

Para comer bem e barato, o Pita Place, a 1 km da universidade (3.300, College Road), tem no cardápio sanduíches de falafel por US$ 8,50 (R$ 19).

Para a noite, uma boa pedida é a cervejaria local Silver Gulch (2.195, Old Steese Higway North; silvergulch.com ), com dezenas de rótulos. Destaque para a Epicenter Ale e a Cooper Creek Amber, com 7,9% e 4,8%, respectivamente, de teor alcoólico.

HO-HO-HO

A cerca de 20 km de Fairbanks, está a cidade de North Pole, ou Polo Norte. Lá, a principal atração é a casa do Papai Noel (santaclaushouse.com ), onde ele e suas renas ficam para serem fotografados com turistas. O local diz ser a casa oficial do bom velhinho.


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