Filha de mãe chinesa e pai francês, nascida na África, criada no Rio de Janeiro e hoje morando na Bolívia, a blogueira Sut-Mie Guibert, 38, acostumou as filhas a pegar a estrada desde cedo.
Mãe de Clara, 6, e Nina, 2 -já viajadas por pelo menos oito países e com pontos acumulados em cartões próprios de milhagem-, ela divide dicas para roteiros com crianças no blog Viajando com Pimpolhos.
Na contramão dos especialistas, Sut-Mie diz que quanto mais cedo se começa, melhor. "Mais que o número de lugares que elas conheceram, o que vale são as experiências: já andaram de elefante, interagiram com golfinhos, passearam de submarino, foram aos jardins de Monet."
Arquivo Pessoal-jul.2013 | ||
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Clara, 6, e Nina, 2, em viagem a Oahu (Havaí), com os pais Sut-Mie Guibert e Carlos Brust |
O segredo de uma boa viagem em família é levar em conta o ritmo de todos. "A gente tem que reduzir as expectativas. Não adianta querer abraçar o mundo em um roteiro muito cheio", diz.
O equilíbrio entre passeios que agradarão mais aos pais e outros dedicados aos filhos também é o conselho básico de Patrícia Papp, 37, mãe de Luiza, 4, e Pedro, 10, e autora do livro "Como Viajar com Seus Filhos sem Enlouquecer" (Pulp, 112 págs., R$ 29,90).
"Se na saída de um museu, por exemplo, encontrarem uma pracinha na esquina, parem e brinquem um pouco, assim cada um tem seu momento", recomenda.
O mais difícil para os pais, segundo Patrícia, é contornar os imprevistos que podem surgir longe de casa, como o cancelamento de um passeio. "Os pais têm que fazer um pacto para não brigarem nessas horas, porque isso só vai estressar as crianças", diz.
Arquivo pessoal | ||
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Família da escritora Patrícia Papp, em viagem à Tailândia: no elefante da frente, Patrícia, a filha Luiza, então com 1 ano, e a irmã Giovana; no elefante de trás, o marido, Nuno Papp, e o filho Pedro, que tinha 6 anos |