Folha de S. Paulo


Com dólar em alta, Bariloche espera 35 mil brasileiros

O inverno começou e os brasileiros ainda estão programando as férias de julho.

Bariloche, na Argentina, deve ser um dos principais destinos escolhidos pelos turistas brasucas. No ano passado, 18 mil deles visitaram a cidade no inverno. A estimativa para este ano é a de que o número suba para 35 mil viajantes.

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Segundo o secretário municipal de Turismo de Bariloche, Fabian Szewczuk, o dólar em alta ajudará a aumentar o fluxo de visitantes nas estações de esqui.

"Onde mais o brasileiro paga cerca de R$ 40 por um jantar com vinho?", diz ele. "É muito mais conveniente para o turista vir para cá do que ir, por exemplo, a Orlando."

Divulgação
Estação de esqui Cerro Catedral em Bariloche
Estação de esqui Cerro Catedral em Bariloche

O caderno "Turismo" visitou a cidade, no sopé dos Andes, no início do mês, quando a temporada de neve ainda não havia sido aberta (o que ocorreu no último dia 19).

Mas, mesmo com pouco gelo no chão, já era possível ver centenas de brasileiros fazendo esqui-bunda no Cerro Catedral, uma das principais estações de esqui da América do Sul.

No ano passado, o governo investiu US$ 10 milhões em melhorias para a temporada de inverno. A sinalização foi ampliada, assim como o sistema de prevenção de avalanches.

Editoria de Arte/Folhapress

SEM PARAR

Neste ano, mais uma vez, a companhia aérea Aerolineas Argentinas passa a oferecer voos diretos de São Paulo a Bariloche em julho.

Os voos saem do aeroporto de Guarulhos aos sábados e domingos às 13h15 e chegam a Bariloche às 17h50. A volta ocorre às sextas e aos domingos.

Se, por um lado, o passageiro chega quatro horas mais rápido ao destino, por outro, o preço é mais salgado: o voo direto sai US$ 750 (cerca de R$ 1.665), em média. Já o com conexão pode ser encontrado por US$ 480 (R$ 1.065).

TOME CUIDADO

Os turistas devem ficar atentos ao câmbio monetário. Desde 2011, quando o governo argentino começou a adotar medidas restritivas para a compra do dólar, o câmbio paralelo não para de crescer.

Enquanto na cotação oficial US$ 1 equivalia a 5,5 pesos no início do mês, no paralelo de Bariloche o mesmo US$ 1 poderia valer 8 pesos.

E embora seja um mercado ilegal, o câmbio paralelo é praticado abertamente por muitos comerciantes quando se faz uma compra em dinheiro vivo com real ou dólar.

Nas casas de câmbio de Bariloche, por exemplo, o turista que entra com notas de US$ 50 e US$ 100 sai com mais pesos que se der o mesmo valor em notas de valores menores. Para as compras feitas no cartão de crédito, vale o câmbio oficial.

O jornalista viajou a convite da Secretaria de Turismo de Bariloche


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