Folha de S. Paulo


Cerâmica na serra da Capivara reproduz pinturas rupestres locais

Depois de uma manhã dominada por trilhas e visitas a sítios arqueológicos no parque nacional da serra da Capivara, o visitante pode descansar e almoçar no povoado Barreirinho, zona rural do município de Coronel José Dias, próximo à área de conservação. Ali perto há uma fábrica de cerâmicas que vale a visita.

Mesmo quem nunca tenha ido ao Piauí pode já ter visto as peças com certa facilidade (há vendas dos produtos em lojas de São Paulo, como a Tok Stok e o Pão de Açúcar). Seus desenhos remetem às pinturas rupestres encontradas na região.

Rafael Mosna/Folhapress/Divulgação
À esq., pintura rupestre no parque nacional da serra da Capivara; ao lado, reprodução em cerâmica produzida na região
À esq., pintura rupestre no parque nacional da serra da Capivara; ao lado, reprodução em cerâmica produzida na região

Há, por exemplo, vasos com uma cena de beijo entre duas pessoas e outra de parto --ambas gravadas em sítios arqueológicos da serra Talhada--, assim como aquelas que envolvem temáticas com árvores e animais em movimento. Todas fazem referência às figuras mais emblemáticas que o turista vê, em versões originais, gravadas nas rochas.

Trabalham no local 25 pessoas, todos homens. A visita guiada --e gratuita-- à fábrica é feita por um deles. É possível conhecer todos os processos, desde os primeiros trabalhos com a argila, a pintura dos desenhos e as queimas (são duas, a primeira a 900ºC e a segunda, quando a peça já está esmaltada, a 1.250ºC).

Ao lado, uma lojinha vende os produtos com 20% de desconto em relação aos preços praticados no parque nacional. Mas fique atento: solicite o abatimento quando for acertar a conta no caixa ou poderá sair pagando mais.

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Na prateleira, pratos rasos e fundos saem a R$ 15 a unidade. Vasos custam de R$ 15 a R$ 25, dependendo do tamanho. Panelas, que só podem ser utilizadas em micro-ondas ou fornos a gás ou elétrico, saem de R$ 35 a R$ 130. Há também travessas ovais, rasas e fundas, cujos preços estão entre R$ 25 e R$ 50. Xícaras de café, com pires, custam R$ 12 cada uma.

Na loja, também estão expostas "peças naturalmente deformadas", ou seja, produtos ligeiramente fora do padrão --como uma alteração em sua coloração original--, à venda por preços bem atrativos (uma travessa custa entre R$ 5 e R$ 10, por exemplo). E quem tiver a sorte de chegar próximo à data da segunda queima, que não tem dia ou horário definidio, garante maior variedade desses produtos com "defeitinhos".


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