Folha de S. Paulo


Japonês faz turismo em zonas de guerra

O turismo extremo ficou um pouco mais, digamos, extremo. O caminhoneiro japonês Toshifumi Fujimoto aparentemente não se contenta com as típicas viagens de aventura e foi encontrado por um repórter da agência France Presse em Aleppo, na Síria, tirando férias em uma zona de guerra.

Ao ser abordado, Fujimoto estava tirando fotos ao lado de rebeldes e disse que gosta da adrenalina de assistir a conflitos de perto.

AFP
Toshifumi Fujimoto na cidade velha de Aleppo, na Síria
Toshifumi Fujimoto na cidade velha de Aleppo, na Síria

Aleppo não é o único lugar perigoso ao qual Fujimoto diz ter ido passear. No ano passado, ele foi ao Iêmen durante os protestos na Embaixada dos Estados Unidos.

No ano anterior, viajou ao Cairo logo após a queda do ditador Hosni Mubarak. Ele afirma que seu destino dos sonhos é o Afeganistão, para encontrar o Taleban.

Não é a primeira vez que ele, pai de três filhos, entrou na Síria, via Turquia. Ele também visitou o país em 2011. Seus álbuns de fotos online incluem imagens de corpos.

Questionado sobre sua família, diz que não vê as filhas há cinco anos e que não consegue falar delas sem chorar. "Eu rezo para que, se algo acontecer comigo, minhas meninas possam pegar o dinheiro do seguro [de vida] para poder viver com conforto."

Mas não se preocupa com o perigo: "Não sou um alvo para atiradores porque eu sou um turista. Não é como vocês, jornalistas".


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