Folha de S. Paulo


Graças a smartphones, Samsung dispara como marca 'high-tech'

A Samsung, principal adversária da Apple no mundo, está vendo seu investimento no Brasil colher bons frutos. Se o desempenho da sul-coreana em 2013 já havia sido mais alto do que o de seus concorrentes, em 2014, a marca disparou: a Samsung obteve 27% das citações da pesquisa Datafolha.

O carro-chefe desse salto, na avaliação da empresa, é a linha de smartphones Galaxy, cujos modelos S4 e S5 ajudaram a tornar a marca ainda mais conhecida. "Queremos que o consumidor perceba quais são os benefícios que a tecnologia lhe traz, em vez de simplesmente comprar pela novidade", diz Juliana Roschel, diretora de marketing da divisão de dispositivos móveis. Ela reforça que o patrocínio à seleção brasileira de futebol, iniciado em 2012, também foi fundamental para atingir esse patamar de lembrança.

A executiva classifica os modelos de smartphones como os "grandes heróis" da empresa e menciona o relógio de pulso Galaxy Gear nesse novo cenário.

O Brasil é o quinto maior mercado de internet do mundo, ficando atrás de China, EUA, Japão e Índia, segundo estudo da empresa de investimentos KPCB.

Para a consultoria IDC, em um ou dois anos o país pode se transformar também no quinto maior mercado de smartphones, ultrapassando o Reino Unido. As vendas cresceram 122% em 2013: recorde de 35,6 milhões de unidades.

A Associação Brasileira de Indústria Elétrica e Eletrônica prevê que até 2014 sejam vendidos 64 milhões de aparelhos: 46,8 milhões de smartphones ante 18 milhões de celulares comuns.

Para 2015, a Samsung aposta na linha de "vestíveis", como o próprio Galaxy Gear, além da democratização da tecnologia com modelos para várias faixas de consumidores e produtos cada vez mais baratos.

O crescimento da marca não surpreende analistas. "A Apple está perdendo o papel de líder, basta ver que ela lançou o Apple Watch quase um ano depois da Samsung ter apresentado o Gear", diz Rodrigo Tafner, da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), referindo-se aos aparelhos de pulso. "O próprio iPhone 6, recém-lançado, não traz novidade ao consumidor."


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