Folha de S. Paulo


Gestores devem ficar atentos às novas empresas, diz investidor alemão

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A judoca Stefannie Arissa Koyama, que disputará o Mundial de Budapeste pela seleção brasileira
Mathias Schilling, fundador do eVentures, fundo de investimentos em start-ups do Vale do Silício (EUA)

Gestores de grandes empresas devem estar atentos e temer que uma companhia novata prepare algo que possa transformar o mercado, diz o investidor alemão Mathias Schilling, cofundador da gestora de investimentos eVentures, do Vale do Silício (EUA).

A empresa possui escritório no Brasil em parceria com outra gestora, a Redpoint. As duas juntas possuem US$ 120 milhões (cerca de R$ 375 milhões) em fundo para investimentos em start-ups.

Schilling diz que, como primeiro passo para estarem perto da inovação, empresas devem investir em fundos já consolidados para ter informações e relacionamentos no mercado de start-ups.

Já com alguma experiência, devem investir por conta própria e, finalmente, criar uma unidade em separado para o desenvolvimento de start-ups ligadas a ela.

Entre os setores que devem ser transformados pela tecnologia, segundo ele, está o bancário, que tem como maior expoente no Brasil o Nubank, de cartão de crédito associado a aplicativo e sem cobrança de anuidade.

Sua teoria de que os gigantes não devem ficar parados se materializa na parceria que seu fundo tem com o banco Itaú no Cubo, centro para reunir start-ups e eventos do setor em São Paulo.

Por outro lado, Bruno Rondani, fundador do 100 Open Startups discorda da necessidade de empresas investirem nesse tipo de companhia, em especial no Brasil.

Isso porque, em sua visão, há menos chances de start-ups destronarem gigantes, pois o Brasil não vem produzindo inovação de ponta na maior parte dos segmentos.

Por outro lado, ele afirma que start-ups podem ser aliadas de grandes empresas como fornecedoras ou parceiras.

"É possível gerar negócios fora da lógica dos fundos, de investir nas empresas, fazer elas crescerem e vendê-las", diz.


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