Já era: 'scraps', comunidades ou depoimentos melados entre amigos. Já é: veracidade. É com a aposta na vida real e em como as relações sociais se moldam ao longo do tempo que está de volta ao Brasil o Orkut, ou melhor, a nova aposta do turco Orkut Büyükkökten, criador da rede social dominante no país até ser desbancada pelo Facebook no início da década.
"Eu acredito que o brasileiro tenha uma cultura hiperconectada e é nisso que a Hello acredita: ajudar as pessoas a se conectarem com quem é parecido com elas mesmas", diz o engenheiro sobre sua nova rede social.
Os usuários da Hello, que terá uma versão em português a partir deste mês, poderão ter um perfil com o qual poderão se conectar com outros usuários, seja via assuntos de interesses, seja via uma linha do tempo.
Pessoas com os mesmos interesses serão apresentadas como possíveis novos amigos e mensagens diretas também poderão ser enviadas.
Büyükkökten acredita que a personalização da rede deve fazer a diferença no país.
"O brasileiro se identificou com o Orkut pela possibilidade de encontrar pessoas com pensamentos iguais nas comunidades, além de as cores e interfaces serem vivas. Na Hello, buscamos tudo isso."
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| Hello, nova rede social criada pelo fundador do antigo Orkut |
Na comparação com o rival Facebook, Büyükkökten diz que a rede social criada por Mark Zuckeberg não traz a vida real à tona. "As pessoas mostram coisas que não são e isso traz depressão e tristeza. Não quero isso na Hello."
Para ele, as redes sociais devem se moldar aos gostos pessoais e ser adaptável às mudanças. "Quando uma pessoa é universitária, por exemplo, ela tem uma série de interesses. Agora, quando ela se forma, esses interesses vão mudando", diz.
O Orkut foi criado em 2004 e teve o Brasil, ao lado da Índia, como seu principal mercado, até ser superado pelo Facebook no país em 2011.
Em 2014, o Google, dono do site e ex-empregador de Büyükkökten, decidiu encerrar suas operações.