Folha de S. Paulo


Empresas registram #hashtags para proteger marca e fazer marketing

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A campanha da marca de absorventes Always usou a hashtag #LikeAGirl
A campanha da marca de absorventes Always usou a hashtag #LikeAGirl

O Twitter não inventou as hashtags, mas certamente popularizou a prática de adicionar um # antes de uma frase.

Hoje, as hashtags são usadas pelo Instagram, Facebook e Pinterest assim como em postagens de grupo sobre tópicos diversos.

Nesta semana, #Brussels entrou nos "trending topics" do Twitter depois dos atentados. Logo depois vieram #ikwillhelpen ou "eu quero ajudar", oferecendo caronas e acomodações para pessoas presas na capital.

A palavra até entrou no vocabulário adolescente. "Fulano não me respondeu, hashtag tanto faz", por exemplo.

Desesperadas para chegar nas crianças, empresas também se engajaram no uso de hashtags. Algumas estão até patenteando hashtags para proteger suas marcas on-line, de acordo um relatório recente da Thomson Reuters CompuMark, que ajuda marcas a registrarem seus produtos.

Em 2010, sete companhias inscreveram-se para patentear suas hashtags. No ano passado, foram 1.398 inscrições. Nos últimos cinco anos, 2.989 aplicações foram preenchidas globalmente para registrar hashtags. Os Estados Unidos lideram, com cerca de uma em cada três inscrições nos últimos cinco anos.

Um exemplo notável é o registro da #LikeAGirl ("como uma garota") da Procter & Gamble para sua linha de absorventes Always. A hashtag se provou um modo bem-sucedido de instigar a discussão do público para um produto que é mais anunciado aos sussurros do que aos gritos.

A campanha com a hashtag buscou derrubar estereótipos de gênero ao transformar a expressão "como uma garota" de um insulto para uma forma de empoderamento. Ela gerou mais de 177 mil tuítes em três meses e promoveu a marca entre seu público alvo.

No entanto, as empresas precisam tomar cuidado na hora de cooptar hashtags. Quando um funcionário da empresa de mobilia Habitat tentou usar a discussão sobre o candidato à presidência do Irã com a hashtag #Mousavi para vender móveis, a reação do Twitter veio rápida e afiada.


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