Alguns criminosos têm buscado novos iPhones como "dispositivo de escolha" para cometer delitos devido à forte criptografia da Apple colocada nos aparelhos, disseram três entidades policiais em um documento à justiça norte-americana.
Os grupos disseram nesta quinta-feira (3) ao juiz que cuida da disputa entre a Apple e o Departamento de Justiça EUA que, entre outras coisas, estavam cientes dos inúmeros casos de criminosos que trocaram telefones descartáveis por iPhones.
O documento da Federal Law Enforcement Officers Association e de outras duas entidades também citou um telefonema interceptado por autoridades de Nova York em 2015, em que o preso chamou o sistema operacional criptografado da Apple de "presente de Deus".
O governo obteve uma ordem judicial em fevereiro requerendo que a Apple mude um software para desativar proteção de senha e permita o acesso a um iPhone usado por um dos atiradores nos assassinatos de dezembro em San Bernardino, Califórnia.
A Apple pediu para a ordem ser revogada, argumentando que tal medida criaria um precedente perigoso e ameaçaria a segurança do cliente.
Gigantes de tecnologia, incluindo Google, Facebook e Microsoft apresentaram apoio à Apple. O Departamento de Justiça recebeu o apoio de grupos policias e de seis familiares de vítimas San Bernardino.