Folha de S. Paulo


Fabricantes apostam em câmeras 360° após crescimento da realidade virtual

Se 2016 é o ano em que os grandes fabricantes de óculos de realidade virtual colocam seus aparelhos no mercado, este também é o ano em que as câmeras em 360 graus vão chegar às mãos dos usuários não profissionais. Opções de dispositivos que capturam e depois costuram imagens em todas as direções espalham-se pelos estandes e corredores da CES, maior feira de tecnologia do mundo, que abriu as portas nesta quarta-feira (5).

A Nikon, por exemplo, anunciou nesta terça-feira sua KeyMission 360, do tamanho de uma GoPro, que captura imagens em todas as direções, com resolução 4k. É a primeira fabricante tradicional de câmeras a apostar no mercado amador de imagens em 360 graus, de pessoas que querem adotar a tecnologia, mas não são necessariamente profissionais de fotografia ou vídeo.

Divulgação
Câmera KeyMission 360, da Nikon
Câmera KeyMission 360, da Nikon

Antes, havia apenas opções de empresas como a Ricoh, mas, com a chegada os óculos de realidade virtual, que oferecem uma experiência mais imersiva para esse tipo de conteúdo, fabricantes passaram a apostar no modelo.

A tendência é análoga àquela iniciada com o primeiro modelo da GoPro, que colocou a fotografia de ação, que antes exigia equipamentos caros e complexos, nas mãos do usário comum. Hoje, o YouTube e o Facebook já oferecem a possibilidade de publicação de vídeos em 360 graus. Os fabricantes de câmera querem agora que capturar imagens desse tipo seja tão simples quanto tirar fotos tradicionais.

A GoPro aposta no ecossistema de câmeras pequeninas, mas poderosas e resistentes, que vem montando há anos, desde o primeiro modelo até a Hero 4, carro-chefe da empresa. As "Spherical Solutions" são um conjunto de equipamentos e software feito para produzir conteúdo em 360 graus. Há suportes para encaixar GoPros em várias direções diferentes e aplicativos para costurar tudo em uma imagem final.

A Ricoh também está na CES com suas câmeras Theta, que receberam boas críticas na edição de 2015 da feira. Mas há também outras opções, de fabricantes menos conhecidos, procurando espaço ao sol num mercado cada vez mais competitivo.

No pavilhão central, um exibidor chamou atenção ao andar pelos corredores portando uma haste com uma bola verde no topo. Era a câmera esférica Panono, uma pioneira no segmento, que começou a ser desenvolvida ainda em 2011, quando ainda não tinha a companhia da Nokia Ozo, a câmera para realidade virtual da Nokia, e as 360fly, imaginadas pelo empresário Peter Adderton, um fã de esportes radicais, paras serem as GoPros do mercado de 360 graus.

O jornalista viajou a convite da Samsung


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