Folha de S. Paulo


Microsoft tem maior prejuízo de sua história após compra da Nokia

Jeff Chiu - 28.abr.15/Associated Press
Logotipo da Microsoft durante a feira para desenvolvedores da empresa em San Francisco
Logotipo da Microsoft durante a feira para desenvolvedores da empresa em San Francisco

A Microsoft divulgou nesta terça-feira (21) prejuízo trimestral de US$ 3,2 bilhões, impactada por encargos relacionados à divisão de celulares Nokia e cortes de empregos, além de uma demanda fraca pelo sistema operacional Windows.

Descontada a aquisição da fabricante finlandesa, a companhia teve lucro de US$ 6,4 bilhões (aumento de 39% em relação ao período correspondente no ano anterior), com faturamento de US$ 22,18 bilhões (retração de 4,7%), valor um pouco acima do estimado por analistas consultados pela Reuters (de US$ 22,03 bilhões).

A companhia registrou despesas com reestruturação e integração de US$ 8,4 bilhões para o quarto trimestre fiscal, encerrado em 30 de junho.

O prejuízo por ação no período foi de US$ 0,40 ante um ganho um ano antes de US$ 0,55 por papel, que foi equivalente a US$ 4,61 bilhões.

O fim do suporte ao Windows XP causou uma menor demanda de fabricantes pelos sistemas operacionais da marca, que lançará seu Windows 10 no próximo dia 29. Smartphones também tiveram retração, com queda de 68% no faturamento (ainda que o número de unidades vendidas tenha crescido 10%).

Por outro lado, o faturamento oriundo de sua linha de tablets "profissionais" Surface cresceu 117%, para US$ 888 milhões; e a divisão de videogames Xbox teve incremento de 30%, para 1,4 milhões de unidades.

O número de assinantes do Office 365, nova maneira de distribuição do pacote de programas de produtividade da empresa, também teve incremento, de 3 milhões, para 15 milhões de pagantes.

No começo deste mês, a empresa sediada em Redmond, Washington, afirmou que contabilizaria neste balanço por volta de 80% do acordo pela incorporação da Nokia (que teve custo total de US$ 9,4 bilhões), relata a Dow Jones.


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