Folha de S. Paulo


Facebook pede data para fim do Flash; Mozilla bloqueia sistema

Dois gigantes do mundo eletrônico, o Facebook e a Mozilla –criadora do navegador Firefox– criticaram nesta semana a Adobe, pedindo que a empresa tornasse o Flash mais seguro.

A irritação das duas companhias começou na última semana, quando uma empresa de desenvolvimento de spywares, a Hacking Team, teve seus arquivos vazados.

Neles, os programadores relatavam falhas de segurança no Flash, que permitiam a instalação de aplicativos malignos no computador de qualquer usuário que tivesse o plug-in instalado.

Reprodução
Símbolo do movimento Ocupe Flash, que quer diminuir a participação da ferramenta da Adobe na web
Símbolo do movimento Ocupe Flash, que quer diminuir a participação da ferramenta da Adobe na web

A rede social foi mais enfática nas críticas. O novo diretor de segurança, Alex Stamos, pediu que a Adobe decretasse logo uma data para o fim do plug-in.

"É hora de a Adobe anunciar o fim da vida do Flash. Mesmo se for daqui a 18 meses, ter uma data marcada é a única forma de cortar as dependências e atualizar o ecossistema todo de uma vez", disse Stamos no Twitter neste domingo (12).

A Mozilla bloqueou o uso do plug-in no Firefox nesta segunda-feira (13), dizendo que se trata de prática comum quando há risco de segurança para o usuário. O responsável pelo suporte técnico, Mark Schmidt, chegou a postar uma imagem no Twitter com a frase "Ocupe Flash" e um sinal de proibido em cima do logotipo do plug-in.

A empresa, no entanto, afirmou que vai liberar o Flash quando houver uma nova versão corrigindo as falhas detectadas.

A Adobe disponibilizou para download uma correção do plug-in, mas não conseguiu diminuir as críticas que tem recebido.

Essa não é a primeira vez que o Flash sofre bloqueio de grandes empresas. A Apple nunca permitiu que o plug-in funcionasse em seus aparelhos.

O fundador da empresa, Steve Jobs, em 2010, escreveu uma carta aberta justificando o boicote ao Flash alegando que ele tinha problemas de desempenho, comprometia a duração da bateria e tinha falhas de segurança.

Recentemente, o YouTube parou de usar a tecnologia Flash, trocando-a pelo HTML5.


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