Folha de S. Paulo


Nintendo insiste em estratégia de consoles e ignora mobile

A Nintendo insistiu na estratégia de consoles de vídeo games que a arrasta para prejuízos operacionais por três anos consecutivos, ignorando pedidos para entrar no mercado de dispositivos móveis e prometendo, em vez disso, impressionar e ganhar consumidores com inovações relacionadas à saúde.

Investidores não ficaram impressionados, cortando mais de US$ 1,2 bilhão do valor das ações da empresa em pouco mais de 30 minutos na quinta-feira (30), enquanto o presidente-executivo Satoru Iwata defendia um projeto para 2015.

A criadora de sucessos como Super Mario e Legend of Zelda tem sido pressionada a diversificar em meio ao mau desempenho de seus consoles, e a aproveitar a disseminação de smartphones e tablets lançando games que podem ser jogados em qualquer dispositivo móvel.

Iwata, porém, foi firme falando que a Nintendo não levará Mario para o mundo mobile, apenas um dia após a fabricante chinesa de computadores Lenovo declarar suas ambições no ramo de dispositivos móveis com a compra da Motorola Mobility, do Google, US$ por 2,9 bilhões.

Ele disse que dispositivos móveis têm um papel como ferramentas de marketing para ajudar consumidores em potencial a "entender o encanto dos jogos da Nintendo", apesar de que tais jogos ainda precisarão ser usados em consoles da Nintendo.

"Não estou pessimista sobre videogames. Não vamos mudar nossa essência de negócio de oferecer plataformas integradas de hardware e software", disse Iwata.

O presidente-executivo foi vago sobre os detalhes do novo negócio relacionado à saúde, dando pistas de que o dispositivo ou serviço pode ser usado "além da sala de estar", diferente de jogos de esporte e fitness disponíveis nos consoles Wii e Wii U.


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