Folha de S. Paulo


CES aponta para futuro da computação vestível e de objetos conectados

Sua geladeira responde por um aplicativo de mensagens se tem cerveja em casa, seu relógio de pulso é tão útil e poderoso quanto o seu smartphone, e um pequeno aparelho acoplado ao macacão do bebê monitora os sinais vitais para mandar esquentar a mamadeira automaticamente, na hora certa.

Assim é o futuro vislumbrado na CES (Consumer Electronics Show), a maior feira de eletrônicos dos EUA, que terminou na última sexta-feira (10), em Las Vegas.

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As perspectivas são fabulosas, mas, na prática, grande parte dos produtos demonstrados ainda está longe dessas promessas: óculos de realidade aumentada ainda mais esquisitos que o Google Glass, relógios de pulso constrangedoramente grandes e protótipos que talvez nunca saiam do papel.

Para ajudar a viabilizar a revolução da computação vestível e da chamada internet das coisas, em que objetos do cotidiano se tornam conectados, empresas lançaram na CES chips e sensores que serão o cérebro dos dispositivos do futuro.

É o caso do Edison, da Intel, um PC do tamanho de um cartão de memória, e do também minúsculo chip Core, da Sony, que será usado em aparelhos para exercícios físicos e monitoramento de saúde, como pulseiras inteligentes.

O futuro ultraconectado, porém, deve amplificar paranoias: haverá mais dispositivos que poderão ser atacados por cibercriminosos, espionados por governos e usados para expor intimidades e prejudicar reputações.

"Há desafios de educação para os usuários e de regulação para governos e organismos de padronização", diz a antropóloga Genevieve Bell, diretora de pesquisa de experiência de usuário na Intel.

Com a cabeça nas nuvens, a CES deste ano ainda manteve os pés no chão ao servir de palco para produtos que chegarão às lojas do mundo todo nas próximas semanas, como novos smartphones, TVs de altíssima definição mais baratas e tablets voltados ao trabalho.

O jornalista RAFAEL CAPANEMA viajou a convite da Intel


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