Folha de S. Paulo


Wolfram lança projeto para catalogar todos os aparelhos com internet

Se todos os nossos aparelhinhos devem em breve se conectar à internet, e em consequência uns aos outros, eles deverão falar o mesmo idioma.

A Wolfram, empresa de software que desenvolve a ferramenta de pesquisa científica Wolfram Alpha, está fazendo um movimento no sentido de ajudar a escrever essa língua. O fundador anunciou nesta terça-feira (7) que está trabalhando com a Intel para embutir a Wolfram Language, uma linguagem de programação que pode ajudar a processar e a analisar dados, no Edison, o recém-anunciado computador do tamanho de um cartão de memória da Intel.

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O site Wolfram Connected Devices Project, parte de iniciativa para criar linguagem universal para todo dispositivo com internet
O site Wolfram Connected Devices Project, parte de iniciativa para criar linguagem universal para todo dispositivo com internet

O Edison, que será disponibilizado até março, é pensado para ser usado com dispositivos conectados vestíveis e outros aparelhos pequenos.

Em um e-mail, a Wolfram Alpha disse que o movimento era parte de um "plano de longo prazo da Wolfram para injetar computação sofisticada e conhecimento em tudo, abrindo novas possibilidades para computação integrada e provendo uma linguagem completa para a internet das coisas."

O anúncio é parte de uma nova iniciativa, anunciada durante a feira CES por Stephen Wolfram, um cientista de 54 anos, designer de software e empreendedor. Ele está chamando a iniciativa de "Wolfram Connected Devices Project", no qual a companhia trabalhará com fabricantes de dispositivos e a comunidade técnica para prover e compartilhar conhecimento sobre objetos conectados.

O Wolfram Connected Devices Project é essencialmente uma coletânea de informação sobre aparelhos que se conectam à internet que oferece uma robusta base de dados de preço e outras características de eletrônicos. O projeto abriu ao público com mais de 2.000 dispositivos, incluindo aparelhos de GPS, relógios conectados (smartwatches), pulseiras que monitoram atividade, entre outros.

Em um post de blog no site da companhia, Wolfram disse que o objetivo do projeto era conectar, curar e aprender com o movimento conhecido como a internet das coisas. "No final das contas, nossa meta não é apenas lidar com informações sobre os aparelhos, mas na verdade ser capazes de nos conectarmos e de conseguirmos informações oriundas deles –e, então, fazer todo tipo de coisa com os dados", disse.


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